Luanda - O presidente do Conselho de Administração da Agência de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG), Elmer Serrão, apelou, nesta quinta-feira, maior envolvimento dos profissionais da Comunicação Social na educação financeira da população sobre seguros e fundo de pensões.
No quadro dos desafios em aumentar os níveis de literacia financeira e a taxa de penetração dos seguros, em Angola, a ARSEG tem trabalhado com diversas instituições para alcançar a taxa média da SADC, que varia entre 3 a 5%.
A taxa de penetração dos seguros há muito que se mantém abaixo de 1%, valores influenciado, em parte, pela fraca cultura dos seguros no país.
Falando no Seminário sobre Seguro e Fundo de Pensões dirigido à jornalistas, numa parceria com a Associação de Jornalistas Económicos de Angola (AJECO), o responsável pediu uma maior colaboração desta classe de profissionais na sensibilização da população em torno da importância dos seguros.
" Os jornalistas exercem um papel importante na divulgação de informação sobre seguros e fundos de pensões e a formação dos profissionais, é uma acção com efeito multiplicador", considerou Elmer Serrão.
No seu entender, os jornalistas ao adquirirem estes conhecimentos vão sistematizar, descrever, analisar e interpretar de forma mais rigorosa e objectiva o funcionamento do universo dos seguros e o papel da ARSEG, possibilitando o alcance de um grupo alvo mais amplo que inclui, além dos jornalistas, empresários, contabilistas e auditores, tomadores de seguros, pensionistas, advogados, estudantes e o público em geral.
Os seguros hoje, prosseguiu, já representam uma importância relevante para a sociedade e para própria economia, com e a criação de empregos directos, estimados em mais de três mil postos de trabalho.
No quadro dos desafios, a ARSEG está a implementar iniciativas com vista à mudança do actual quadro, pondo em marcha campanhas de comunicação e literacia financeira que tem estado a decorrer na imprensa e nas plataformas sociais, bem como a realização de webinares sobre os mais variados temas ligados ao sector.
A instituição adstrita ao Ministério das Finanças já vai na sua segunda edição com o Prémio Fernando Aguiar, iniciativa que visa laurear os melhores trabalhos académicos com relevância prática para o mercado segurador.
Além do prémio de 1.5 milhão de kwanzas, aos vencedores, a ARSEG está a proporcionar aos vencedores estágios de um período de seis meses renumerados.
No evento, o presidente da AJECO, João Joaquim, admitiu que os jornalistas podem exercer o papel "crucial" na educação da população, influenciando de forma positiva para a necessidade da adesão aos múltiplos sistemas de seguros.
Formação de gênero vai abrangir outros profissionais das províncias do Uíge e Huambo, nesta primeira fase, depois de Luanda.
Prémios brutos sobem 11% no IV
Dados publicados no portal da ARSEG referente ao IV trimestre de 2021, dão conta do registo
81,6 mil milhões de kwanzas de prémios brutos de seguros, nos ramos vida e não vida.
Em comparação com o III trimestre do mesmo ano, observar-se um incremento na ordem 11%, visto que no período os números se fixaram em 73,2 mil milhões de kwanzas.
As seguradoras, num total de 22, registaram 234,5 mil apólices, nos ramos vida e não vida, tendo um aumento de 34%, se comparado com os 173,9 mil apólices do III trimestre.
No quadro dos sinistros registados, com uma taxa de 27%, as seguradoras desembolsaram em termos de indemnizações, 21,8 mil milhões de kwanzas, para os ramos referidos.
Em termos de produção, no ranking das seguradoras aparece a Ensa-Seguros de Angola, com 31,39%, seguido da Nossa Seguro, com 14,29% e a Fidelidade com 14,15%, na terceira posição.
Actualmente, o sector dos seguros conta, além das seguradoras, com 1. 402 mediadores de seguro, dos quais, 12 corretores de seguro directo, 19 agentes pessoas colectivas e 1.325 individuais.