Huambo - O arcebispo do Huambo, dom Zeferino Zeca Martins, defendeu, esta quarta-feira, a necessidade de o Executivo angolano apostar, cada vez mais, em programas agrícolas e na industrialização do país, para alavancar o desenvolvimento sustentável.
O prelado católoco fez este pronunciamento na abertura da VII edição da Semana Social, a decorrer de 3 a 4 do mês corrente, na cidade do Huambo, sob o lema “Participação Local, Mudança Global”, promovido pela Arquidiocese local, em parceria com o Instituto para a Cidadania “Mosaiko”.
Na ocasião, disse que este programa deve ser reforçado com a elevação e melhoramento dos sectores da educação, saúde e saneamento básico, incluindo a transferências de conhecimentos nos distintos níveis de necessidade humana (Know how), para que cada angolano possa ser capaz de contribuir na diversificação da economia.
O arcebispo considerou, igualmente, importante investir no conhecimento tecnológico, para estimular o funcionamento pleno das indústrias e cultivar habilidades neste sector, para a redução da dependência externa e, consequentemente, aumentar a taxa de empregabilidade em vários sectores.
Referiu que a diversificação da economia depende da criação de serviços públicos nos sectores da educação, saúde, apoio ao desenvolvimento da agricultura e a industrialização, por via da criação de condições necessárias de infra-estruturas e da consolidação do plano de reabilitação das estradas secundárias e terciárias.
O arcebispo declarou que, as sucessivas taxas de inflação provocadas pela desvalorização constante da moeda nacional, tem causado impactos negativos na economia angolana, daí ser fundamental a qualificação da mão-de-obra e ampliar os níveis de produção nos distintos domínios sociais e económicos.
Lembrou que um dos indicadores que mede o nível de estabilidade de uma economia é o índice de inflação, quanto mais baixo for, melhor são os efeitos positivos em todas vertentes da vida social, pois tem impacto directo no poder aquisitivo da moeda e as famílias alcançam rendimentos satisfatórios.
Dom Zeferino Zeca Martins apelou à contínua inclusão monitória pública nas distintas tarefas relacionadas com a implementação de programas de desenvolvimento sustentável, para além do combate à injustiça social, na perspectiva da redução da pobreza, miséria e da fome.
Realçou que todos os esforços para a diversificação da economia devem, no seu processo, estar sujeita a dignidade da pessoa humana, numa acção que congrega a unidade entre os povos e a preservação da paz, para a sustentabilidade dos programas, principalmente, voltados pra o fomento do bem-estar da população.
Por seu turno, o director-geral do Instituto para Cidadania “MOSAIKO” em Angola, Júlio Candeeiro, recomendou aos cidadãos a participarem, positivamente, nas políticas públicas estabelecidas pelo Governo, para o crescimento harmonioso.
Complementou que cada um tem ser competente e engajado na prestação de contributos sociais e económicos tendentes ao melhoramento das condições de vida nas comunidades, para a consolidação do desenvolvimento sustentável.
VII edição da Semana Social está abordando temáticas sobre a participação do cidadão nas políticas públicas, promoção do desenvolvimento social e económico e as valências das autarquias. LT/JSV/ALH