Moçâmedes – Setenta toneladas de carvão foram apreendidas pela fiscalização da província do Namibe, de Janeiro até à presente data, por exploração indevida deste produto que vai ser vendido em leilão, depois do desfecho judicial, segundo o chefe de departamento do Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF), Pedro Chivela.
Em declarações à ANGOP, a fonte referiu que, em 2023, a instituição apreendeu 23 toneladas desse produto explorado de forma ilegal.
O chefe de departamento avançou que o carvão apreendido este ano está retido nos armazéns do IDF, em Mocâmedes, aguardando pela decisão final dos órgãos de justiça.
Realçou que a apreensão da referida quantidade de carvão deveu-se ao árduo trabalho de fiscalização que decorreu em toda extensão da província do Namibe, depois de ser contemplado, no primeiro semestre do ano em curso, com duas viaturas por parte do governo local.
Esses meios, recordou, permitiram reforçar a fiscalização junto das comunidades que ainda praticam o abate de árvores para o fabrico de carvão, uma acção reprovável, sobretudo nos municípios de Moçâmedes e da Bibala.
Apesar de contar com novas viaturas, disse que o IDF ainda debate-se com a falta de fiscais, para dar resposta a área de fiscalização, contando apenas com oito técnicos, tendo uma necessidade de 30 profissionais, com vista a dar cobertura em toda extensão da província.
Para as zonas mais afectadas de desflorestação, Pedro Chivela sublinhou que o IDF tem levado a cabo campanhas de sensibilização para desencorajar práticas ilegais, aconselhando a população a repor as árvores com a plantação de outras mudas.
Acrescentou também que a instituição tem em carteira um plano de repovoamento florestal em toda extensão da província, com a plantação de mais de vinte mil mudas.
Ao longo deste ano, o IDF registou mais de 200 infracções, com destaque para o abate ilegal de árvores, que resultaram na arrecadação de 19 milhões 266 mil e 470 kwanzas, contra 4 milhões 128 mil kwanzas, valores que foram depositados na Conta Única do Tesouro. FA/QCB