Luanda – O presidente da Associação dos Profissionais Imobiliários de Angola (APIMA), Hélder Costa, reiterou esta terça-feira, em Luanda, a necessidade de se baixar a taxa de juros do crédito habitacional, permitindo que maior parte da população tenha acesso à habitação condigna no país.
Em declarações à imprensa, a propósito do lançamento da primeira pedra de construção do projecto habitacional “Raiz do Quimbo”, sublinhou que as taxas de juros aplicadas pelos bancos comerciais “não têm ajudado as famílias carenciadas para a concessão de crédito”.
Sem avançar a taxa a ser aplicada na concessão do crédito habitacional, a fonte considerou a alta dos juros como um dos factores que tem acelerado o “arrefecimento do mercado imobiliário” no país e dificultado o acesso da população às moradias.
Para minimizar a carência habitacional em Angola, o Banco Nacional de Angola (BNA) iniciou, em Junho último, a operacionalização do crédito habitacional com taxas de juros bonificados de 7%.
Enquadrado no Aviso nº 9/22, de 6 de Abril, do BNA, o Banco Central disponibiliza aos bancos comerciais elegíveis 58 mil milhões de kwanzas para estimular o crédito à habitação, ou seja, permitir que a banca comercial recorra às reservas obrigatórias disponíveis para mitigar a carência habitacional no seio da população angolana.
Num universo de mais de 30 milhões de habitantes, Angola tem apenas cerca de 6.200 processos de crédito à habitação vigentes no sistema financeiro, representando a quase inexistência deste produto bancário.
Segundo dados do BNA, metade dos processos do crédito habitação corresponde a créditos concedidos aos funcionários bancários, enquanto os outros 50% são trabalhadores de empresas que celebraram acordos com a banca comercial.