Lubango - Quinze apicultores de três associações e cooperativas apoiadas pelo projecto Ehole da ONG Acção de Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA) - Antena Huíla, Namibe e Cunene estão a ser formados em práticas melhoradas de produção de mel, como cadeia produtiva e de valor.
Objectivo da formação é dotar, a par dos produtores agro-pecuários tradicionais detentores de colmeias, os membros da equipa técnica do projecto e quadros das instituições parceiras, de conhecimentos e técnicas sobre apicultura melhorada, de modo a desenvolver habilidades da aplicação prática na estruturação das cadeias produtivas e de valor.
A formação que está a ser facilitada por um consultor especializado começou na quinta-feira e visa apoiar a melhoria dos métodos de produção, atendendo que vários factores podem influenciá-lo, como a existência de plantas melíferas, a temperatura adequada, as chuvas, o vento, a altitude, o espaço disponível e a qualidade de vida.
Em dois dias estão a ser partilhadas técnicas de manejo do apiário, evitar queimadas, cuidados com a mudança de rainhas, manejo durante o tempo ideal para a produção de mel, assim como técnicas de colheitas.
Em declarações hoje, sexta-feira, à ANGOP, o coordenador do projecto Ehole, Anivaldo Pena, fez saber que a acção abarca diversas temáticas, desde acções que se prendem com a investigação científica centrada na exploração de recursos florestais não madeiráveis.
Com as acções de investigação, continuou, procura-se demonstrar que é possível encontrar métodos práticos para ter uma produção de forma natural desses produtos, principalmente o mel, daí a intenção do projecto Eholle em trabalhar com os apicultores e alguns detentores de colmeias.
O projecto Ehole é uma iniciativa da ADRA em parceria com o ISPT-Instituto Superior Politécnico da Tundavala e a Faculdade de Ciências Agrárias( FCA) da Universidade José Eduardo dos Santos ,, apoiada financeiramente pelo Instituto Camões no âmbito do projecto FRESAN. Em implantação nos municípios da Humpata, Chibia e Gambos (Huíla).
Visa de modo geral, contribuir na redução da fome, vulnerabilidade e insegurança alimentar, através do fortalecimento da agricultura familiar, face ao contexto das alterações climáticas, cuja manifestação mais expressiva tem sido a ocorrência de secas cíclicas na região do Sudoeste de Angola.