Luanda – A informação sobre a baixa do stock da dívida pública angolana de 72 mil milhões de dólares norte-americanos (1 USD vale 837 kwanzas), em 2022, para 66 mil milhões, em 2023, facto que demonstra a contínua tendência decrescente deste passivo, marcou o noticiário económico da ANGOP, na semana finda.
Segundo o director da Unidade de Gestão da Dívida Pública (UGDP), Dorivaldo Teixeira, o Executivo angolano tem optimizado o perfil da dívida, o que permite fazer previsões positivas.
O técnico falava, esta sexta-feira, em Washington, Estados Unidos da América, no quadro das reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM), tendo considerado necessária a criação de condições para se optimizar a respectiva dívida, sem causar um impacto na sua performance e na execução da despesa pública.
Angola participa no evento, a decorrer de 15 a 21 deste mês, com uma delegação chefiada pela ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, com foco na captação de investimento directo estrangeiro.
Outro assunto de realce nos últimos sete dias é a suspensão, pela Administração Geral Tributária (AGT), da cobrança das taxas aduaneiras sobre as encomendas postais e carga expressa dos correios.
A suspensão das imposições aduaneiras, a vigorar até ao dia 31 de Maio, visa permitir aos operadores harmonizar o sistema de tramitação dos processos de modo electrónico em alinhamento com a versão 2022 da pauta aduaneira.
Por sua vez, o Ministério das Finanças disponibilizou uma linha de financiamento para fornecedores locais de bens e serviços, da qual poderão beneficiar, através da concessão de crédito de curto prazo, para aquisição de insumos.
O montante da linha de financiamento cifra-se em até 200 mil milhões de kwanza, sendo que o Estado garante até 100 mil milhões kz, equivalente a 50%. A acção tem respaldo legal no Aviso n.º 10/22, de 6 de Abril, do Banco Nacional de Angola (BNA), segundo esclarece o departamento ministerial.
No período em referência fizeram eco no noticiário da agência informações ligadas ao movimento e o impacto social da Rede Multicaixa, ao longo dos últimos tempos, a realização da 3ª edição do Fórum Angola Digital (ADF), do 1º seminário de capacitação sobre o Censo2024, bem como do Fórum do BNA sobre prevenção ao branqueamento de capitais.
Uma nota da Empresa Interbancária de Serviços (EMIS) indica que mais de 2,7 biliões de kwanzas são movimentados pelos utentes de cartões da Rede Multicaixa, num universo de 3,6 mil caixas automáticas e cerca de 185 mil Terminais de Pagamento Automático (TPA).
Ainda ao longo da semana, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, defendeu a exploração sustentável para a construção de cadeia de valores do ouro, para a diversificação da economia nacional.
O governante falava no workshop sobre Recursos Minerais e Cadeia de Valores do Ouro em Angola, realizado na cidade do Huambo, numa iniciativa do departamento ministerial.
Destacou a necessidade de se captar projectos concretos de exploração deste mineral, como a construção de refinarias para a promoção do desenvolvimento social e económico, através da empregabilidade da mão-de-obra nacional.
Já o titular da pasta da Energia e Águas, João Baptista Borges, representou o país na 14ª Assembleia da Agência Internacional de Energias Renováveis, nos Emirados Árabes Unidos.
Na sua intervenção, reiterou que o plano de acção do sector de energia 2023-2027, alinhado à agenda de longo prazo 2050, prevê a continuidade da diversificação do mix energético de forma a incorporar, pelo menos, 72 por cento de energias renováveis.
A participação de uma delegação angolana na 33ª Conferência Regional do Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), de 18 a 20 deste mês, em Rabat, Reino de Marrocos, e a assinatura de um memorando de entendimento para facilitar o acesso ao crédito às Micro, Pequenas, Médias Empresas, Cooperativas e Empreendedores Singulares (MPME’s) entre o Fundo de Garantia de Crédito (FGC) e o banco BIC constam igualmente entre os destaques. HM/VC
