Luanda – A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) e a Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Sonangol (UNEP) vão iniciar trabalhos conjuntos preparatórios de perfuração e avaliação do Bloco KON11, na Bacia Terrestre do Kwanza, inactivo desde 1996.
Localizado na comuna de Cabo Ledo, a operação do Bloco KON11 é responsabilidade do consórcio constituído pela Sonangol Pesquisa e Produção (30%), na qualidade de operador, a Brite’s Oil & Gas (25%), o Grupo Simples Oil e a Atlas Petroleum Exploration Worldwide (20% cada), bem como a Omega Risk Solutions Angola (5%).
Neste momento, de acordo com uma nota da ANPG a que ANGOP teve acesso esta quarta-feira, estão em curso os procedimentos técnicos para garantir a execução da empreitada dentro dos padrões de segurança e respeito pelo ambiente exigidos pela indústria.
Esta concessão foi adjudicada no quadro da Licitação 2020, promovida pela Concessionária Nacional, a ANPG.
"Se a perfuração apresentar resultados positivos, o consórcio avançará depois para o levantamento de dados geológicos e geofísicos (G&G), com o objectivo de melhorar o mapeamento das estruturas do bloco, sem prejudicar o desenvolvimento preliminar destinado ao reinício da produção", lê-se no documento.
Para a ANPG e a Sonangol, o reinício das actividades de pesquisa no Bloco KON11 representa um marco importante para a indústria petrolífera angolana, por se tratar da efectiva reactivação das operações num bloco terrestre sem actividade desde os anos 90, designadamente no contexto adverso da actual conjuntura económica mundial.
A produção petrolífera nacional mantém-se nos 1,1 milhão de barris por dia (BOPD), que se prevê manter este ano, proveniente de 16 concessões petrolíferas, sendo 13 na zona marítima (offshore) e três na terrestre (onshore).NE