Luanda - A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis ( ANPG) assinou, hoje, quarta-feira, dois contratos de partilha de produção dos Blocos 16/21 e 31/21, com as multinacionais TotalEnergies, Azule e Equinor, acto que marca mais investimento no sector petrolífero em Angola.
Trata-se de dois Blocos petrolíferos localizados em águas ultra profundas na Bacia do Baixo Congo, com um potencial considerado “bom”, de acordo com o presidente do Conselho de Administração (PCA) da ANPG, Paulino Jerónimo.
Os contratos resultam da ronda de licitação offshore limitada 2021/2022.
Pelo Bloco 16/21, assinaram o contrato de partilha de produção, o presidente do Conselho de Administração da ANPG, Paulino Jerónimo, e o director-geral da TotalEnergies, Martin Deffontaines, um acto testemunhado pelo titular da pasta, Diamantino Azevedo, entre outros representantes.
Com o objectivo de aumentar a produção acima de 250 barris/dia de petróleo, o presidente do Conselho Executivo da Azule, Adriano Mongini, e a representante da Equinor, Ane Aubert, assinaram o contrato pelo Bloco 31/21 ( em plena produção), campo em que Azule é operadora com uma participação de 50%.
Enquanto isso, o Bloco 16/21 está em via de desenvolver uma descoberta feita neste mesmo campo, que se encontra próximo do Bloco 17 (o que mais produz), operado pela TotalEnergies.
Assim, as petrolíferas começam agora com os trabalhos, e nestes contratos, segundo Paulino Jerónimo, na primeira fase de exploração estima-se investimentos de mais de sete milhões de dólares, para perfuração de poços e trabalhos sísmicos.
Em caso de descoberta de óleo, o que está previsto, os investimentos serão bem mais elevados, podendo rondar na casa dos mil milhões de dólares norte-americanos.
“ Agora vai faltar concretizar. Uma coisa é fazer os estudos e outra coisa é a situação real de furar poço e só depois disso vamos saber se há descobertas ou não “, lembrou Paulino Jerónimo, manifestando boas expectativas de se encontrar o ouro negro, que vai atenuar o declínio da produção.
Falando à imprensa, à margem do evento, disse que a esperança é, nos próximos anos, ter mais poços nas duas concessões e, em caso de descoberta, serem desenvolvidas para a substituição das reservas produzidas.
Agora, cabe as operadoras executarem os estudos encontrados em papel, perfurando poços e trabalhos sísmicos até a descoberta de mais óleo.
Depois do primeiro período de exploração, que são cinco anos, as operadoras terão o direito de mais dois anos subsequentes para darem continuidade com o processo.
Primeiro contrato da Azule
De acordo com o CEO da Azule, este foi o primeiro contrato assinado pela companhia, desde a constituição da AzuleEnergy, há um ano, combinando os negócios da ENI e da PB Angola.
O responsável reiterou que o contrato assinado prevê o aumento da produção, no quadro de fazer crescer os negócios da empresa, augurando desde já outros acordos.
Segundo o responsável, já estão à vista os próximos passos, como a assinatura de outros acordos em popeline, como os do Bloco 47 e 48, bem como dos contratos referentes aos Blocos 18/15.
Formação de quadros nacionais e responsabilidades sociais, são entre outros compromissos em agenda da petrolífera.
A produção de petróleo em Angola mantém nos 1,1 milhão de barris de petróleo por dia. NE