Luanda - A técnica da Autoridade Nacional de Inspecção Económica e Segurança Alimentar (ANIESA), Soraia de Sousa, apelou, esta terça-feira, as vendedoras do mercado informal para adoptarem medidas de prevenção e combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo.
A técnica, que falava durante um acto de sensibilização as comerciantes do Mercado de São Paulo, em Luanda, alertou-as sobre as vulnerabilidades que representa a comercialização de metais e pedras preciosas, cuja transacção é feita maioritariamente por “cash”.
Falou de eventuais perigos pelo excesso de circulação de dinheiro em espécie neste sector e chamou a atenção das mais de 40 vendedoras presentes, no sentido de evitar práticas que concorram para situações negativas no exercício da actividade.
Segundo Soraia de Sousa, muitas comerciantes do mercado informal não têm conhecimento sobre essa temática, daí a necessidade de a ANIESA desenvolver um processo de sensibilização, juntamente com a Unidade de Informação Financeira (UIF), a fim de evitar que Angola entre para a “lista cinzenta” sobre branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo.
Por sua vez, a vendedeira Adelina da Silva realçou a importância da campanha, uma vez que despertou o pessoal sobre os riscos relativos a branqueamento de capitais.
“Vamos poder fazer uma declaração para comprovar que não estamos a vender de forma ilícita, para ter mais responsabilidade, de modos que consigamos identificar o nosso cliente”, disse à imprensa.
Já a sua colega Marisa Faria, que vende jóias, prometeu ter, doravante, mais cautela, devendo solicitar ao cliente a cópia do Bilhete de Identidade quando o preço do artigo estiver acima de 100 mil kwanzas.
A campanha decorreu no âmbito do programa de sensibilização sobre prevenção e combate ao branqueamento de capitais no sector dos metais e pedras preciosas nos mercados informais.
Dados indicam que o Mercado de São Paulo controla mais de 2 mil 94 vendedores. HM/VC