Huambo - Um grupo de angolanos residentes na diáspora manifestou, este sábado, no Huambo, interesse em contribuir para o desenvolvimento económico e social e económico desta província do Planalto Central, principalmente nos sectores da saúde, educação, tecnologia e turismo.
A intenção foi manifestada à imprensa à saída de um encontro de cortesia com a governadora da província do Huambo, Lotti Nolika, numa iniciativa do Movimento Nacional Angola Real (MONAR) que mobilizou para esta região do país perto de 30 angolanos, entre empresários, académicos e especialistas de várias áreas.
Trata-se de angolanos residentes na África do Sul, Alemanha, Colômbia, Espanha, Namíbia, Portugal, República Checa e Suíça, que após tomarem conhecimento das potencialidades sociais e económicas desta província, prometerem cooperar na capacitação de investimentos estrangeiros nas áreas com maior carência.
Na ocasião, a especialista em Optometria e Visão, Ngueve Sousa, residente em Madrid (Espanha), disse estar interessada em cooperar na criação de serviços de saúde, com foco na prevenção da cegueira por cataratas e glaucomas.
Natural da província do Huambo disse ser importante, inicialmente, a formação de quadros especializados, assim como o rastreio massivo da população, para o combate a este mal, que afecta muitos angolanos nesta parcela do país.
Por sua vez, Manuel dos Santos, empresário do ramo da hotelaria e turismo, residente na República da Namíbia, manifestou o interesse de investir, num futuro breve, nestas áreas, face às potencialidades turísticas locais, caso haja abertura do Governo.
Disse terem saído, do encontro com a governadora Lotti Nolika, com uma impressão positiva, em relação à situação actual do Huambo, consolidado com o passeio feito aos centros Cultural “Manuel Rui Monteiro” e Integração de Formação Tecnológica (CINFOTEC), assim como a Centralidade do Lossambo, a Faculdade de Ciências Agrárias, a Ribeira do Cuando, entre outros locais.
O secretário-geral da mesa de assembleia do MONAR, Ernesto Miúdo, disse que a iniciativa de trazer os angolanos residentes na diáspora, visa, sobretudo, identificar as oportunidades de negócios face à actual realidade, bem como despertar o interesse de regressar ao país, para contribuírem com o seu saber no progresso da Nação.
Disse que esta iniciativa, que mobilizou perto de 300 angolanos na diáspora que, neste momento, visitam várias regiões do país, resultou de uma investigação, com o propósito, igualmente, de criar oportunidades de negócios.
A governadora da província do Huambo, Lotti Nolika, enalteceu a iniciativa da MONAR, que ajudará a alavancar os ganhos obtidos em vários sectores na sua área de jurisdição, desde a Independência Nacional, proclamada a 11 de Novembro de 1975 e a Paz, alcançada a 4 de Abril de 2002.
A governante assegurou aos visitantes que, o Governo está aberto a parcerias em todas acções que concorram para o desenvolvimento sustentável do país e em particular a província do Huambo, destacando que todos os angolanos são chamados a participar desta tarefa, um facto que se evidencia numa altura em Angola comemora 22 anos de paz.
Essencialmente voltada para a área de extracção mineral e agro-pecuária, que representa 76 por cento da actividade económica, a província do Huambo, localizado no Planalto Central de Angola, possui uma população estimada de dois milhões e 700 mil habitantes, distribuídos em 11 municípios 11 municípios. MLV/JSV/ALH
