Lubango – A Empresa Nacional de Bilhética Integrada (ENBI) apresentou, recentemente, uma proposta à Agência Nacional de Transportes (ANT) para retirar o pagamento das passagens em dinheiro, a bordo dos autocarros da rede pública urbana, tendo como alternativa o passe GiraMais.
O objectivo é diminuir a evasão de receitas, um facto que afecta grandemente as operadoras dos transportes públicos e que pode ajudar a solucionar a problemática de trocos, que muitas vezes dificulta o embargue dos passageiros.
Segundo o administrador executivo da ENBI, Pedro Pereira, que falava aos jornalistas à margem do lançamento dos passes regulares GiraMais para o grande público da Huíla, os operadores têm tido prejuízos com a transacção de dinheiro vivo a bordo, sobretudo por envolvimento directo dos motoristas e cobradores na recepção do mesmo.
O administrador salientou que com o passe, o utente, não só terá acesso aos autocarros urbanos, mas também aos comboios e dentro de um processo de integração prevê-se inserir os taxistas na estratégia.
Pedro Pereira sublinhou que no exercício económico de 2025, prevê-se a extensão dos serviços de bilhética a mais sete províncias do país, com o mesmo objectivo.
Até ao passe regular apresentado hoje, no Lubango, a ENBI emitia dois tipos de cartões GiraMais, os para estudantes, com 60 viagens por mês, e os para os antigos combatentes, que é ilimitado.
O país está a produzir entre 500, mil a cinco mil passes em seis províncias de Angola, nomeadamente, Luanda, Benguela, Huambo Malanje, Cabinda e Huíla. Até hoje foram já emitidos 16 mil 576 cartões GiraMais para alunos e seis mil 431 para Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria.
Dados do Gabinete provincial dos Transportes, Tráfego e Mobilidade Urbana da Huíla tem controlado oito operadores que fazem funcionar 81 autocarros. MS