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Angola tem em construção 29 fábricas de lapidação de diamantes

     Economia              
  • Luanda • Segunda, 16 Outubro de 2023 | 19h26
Diamantes (Foto ilustração)
Diamantes (Foto ilustração)
Divulgação

Luanda - Vinte e nove fábricas de lapidação de diamantes estão em construção no país, com vista a agregar valor ao mineral bruto e garantir maior oferta de emprego à indústria de alta tecnologia, anunciou esta segunda-feira, em Luanda, o Presidente da República, João Lourenço.

Ao apresentar a Mensagem sobre o Estado da Nação, à Assembleia Nacional, o Titular do Poder Executivo angolano referiu que das 29 unidades fabris 25 estão a ser construídas no Pólo Diamantífero de Saurimo (Lunda Sul) e quatro no Pólo Diamantífero do Dundo (Lunda Norte).

Para além das fábricas em construção, em Fevereiro último foi inaugurada mais uma unidade de lapidação, em Saurimo, com capacidade para lapidar cinco mil quilates de diamante bruto por mês, tendo criado 120 postos de trabalho. Com essa unidade, actualmente o país tem sete fábricas de lapidação.

Perante esse cenário, o Presidente da República considerou ser uma realidade a indústria de lapidação de diamantes no país, com a contínua demonstração da capacidade de crescimento.

Quanto aos projectos de exploração, recordou que, em Abril deste ano, foi concluído o projecto diamantífero “Yetwene”, sendo neste ano inaugurado o “Luaxe”, na província da Lunda Sul, que passará a ser o maior projecto diamantífero do país até à presente data. A par destes, realçou, igualmente, o projecto “Lulo”, na Lunda Norte.

Actualmente, operam no mercado angolano 16 empresas ligadas à exploração de diamantes e cerca de 41 projectos em prospecção.

Para este ano, a Empresa Nacional de Diamantes de Angola (ENDIAMA E.P) prevê elevar a sua produção para 12 milhões de quilates, superando o resultado do ano transacto, que registou uma cifra de cerca de nove milhões de quilates.

Potencial mineiro

A propósito da exploração do potencial mineiro angolano, o Presidente da República, João Lourenço, apontou o projecto de ouro do Lufu, na província de Cabinda, e construção da Refinaria de Ouro, na província de Luanda, com capacidade para refinar, inicialmente, 10 quilogramas deste produto/dia e transformá-lo em barras, prevendo a sua conclusão para 2025.

Por outro lado, destacou que a exploração de ferro-gusa já é uma realidade, com o arranque do projecto Minero-Siderúrgico do Cutato-Cuchi, na província do Cuando Cubango.

Avançou que está em implementação, no município da Jamba (Huíla), o projecto Mineiro-Siderúrgico de Kassinga, que vai produzir cerca de 4,1 milhões de toneladas de concentrado de ferro para exportação e alimentar a futura siderurgia do Namibe, produzindo aço para a indústria nacional.

Na mesma senda, João Lourenço referiu que, no Cuanza Norte, está em curso o projecto de minério de ferro de Kassala Kitungo.

Adiantou ainda que, em 2024, espera-se concluir o projecto de exploração de cobre de Mavoio-Tetelo, abrangendo os municípios de Maquela do Zombo e Damba (Uíge), e o município do Cuimba (Zaire), que engloba a exploração de minerais associados, como o cobalto, chumbo e zinco, com uma capacidade para produzir cerca de quatro mil toneladas de concentrado de cobre/dia.

Apontou também que o Governo está dedicado à exploração de recursos minerais não-metálicos, nomeadamente fosfatos, potássio e calcário.

Como exemplo disso, apontou o projecto de exploração de rocha fosfatada de Cácata na província de Cabinda, que visa explorar 50 mil toneladas por ano de fosfato na sua fase inicial, aumentando, a partir do quinto ano, para 300 mil toneladas por ano.

Ainda em Cabinda, sublinhou, está a ser implementado o projecto de produção de fertilizantes fosfatados, através da construção da fábrica de Subantando.

Disse que, no município do Soyo (Zaire), está em curso o projecto de produção de amônia e ureia que vai produzir um milhão e 200 mil toneladas por ano de ureia granulada, para impulsionar o desenvolvimento da actividade agrícola, contribuindo para a melhoria da segurança alimentar.

De acordo com o Presidente da República, a médio prazo, Angola deixará de ser importador de fertilizantes para um país capaz de satisfazer o essencial das necessidades internas e exportar a produção nacional.

Para o início da concretização desse projecto, o grupo empresarial OPAIA e o Governo Provincial do Zaire assinaram no dia 12 deste mês, em Luanda, o acordo de concessão do título de 152 hectares para implantação da maior indústria de fertilizantes no país.

Com uma capacidade para produzir um milhão 200 mil toneladas por ano, a unidade fabril, que prevê entrar em funcionamento no primeiro trimestre de 2027, está orçada em 2,2 mil milhões de dólares (Kz 1,8 bilião), num investimento do grupo OPAIA.

A construção da fábrica, a cargo da subsidiária AMUFERT, prevê empregar três mil e 500 pessoas locais. QCB/PPA





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