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Angola tem abundantes recursos para diversificar fontes energéticas

     Economia              
  • Luanda • Quinta, 30 Maio de 2024 | 22h37
Agricultura de subsistência no Namibe (Arquivo)
Agricultura de subsistência no Namibe (Arquivo)
Rosário dos Santos - Angop

Luanda - A administradora Executiva da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), Ana Miala, afirmou esta quinta-feira que Angola tem abundantes recursos naturais para diversificar as fontes de energia e liderar esse processo no mundo.

Ao discursar na Conferência sobre Inovação e Transição Energética, a gestora considerou Angola uma nação abençoada com vastas reservas de hidrocarbonetos, base da  economia nacional e impolsionador do desenvolvimento do país até então.

"Além das abundantes reservas de hidrocarbonetos, muito ainda por explorar, a verdadeira força de Angola reside na diversidade dos seus recursos naturais, proporcionando o imenso potencial de diversificar as suas fontes de energia", destacou.

De acordo com Ana Miala, essa diversificação passa pelos ricos recursos agrícolas do país e pela promoção de políticas que proporcionem inovações na  extracção de combustíveis fósseis de forma sustentável e responsável.

Para liderar essa diversificação das fontes de energia, alega que Angola deve criar também ambiente regulatório adequado para garantir a segurança dos investidores aquando das referidas novas fontes de energia.

"A degradação ambiental e a escassez de recursos naturais são ameaças reais e iminentes. Adiar a tomada de decisão crucial é fatal para a humanidade como um todo, incluindo o nosso país", disse a administradora da ANPG, em representação ao ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo.

Para a responsável da ANPG, actualmente vive-se tempo de grandes desafios mundiais e as transformações já iniciaram, com a humanidade a enfrentar uma batalha sem precedentes, uma guerra que não é travada com armas convencionais, mas com ideias, inovações, determinação e acções.

Face à realidade, descreve as alterações climáticas como a terceira guerra mundial, e pela sustentabilidade, portanto, diariamente observa-se notícias sobre catástrofes de origem climáticas, advindas do aquecimento global que impactam na alteração dos ecossistemas terrestres e aquáticos desse planeta.

"Precisamos agir agora com coragem e compromisso para reverter os danos causados e construir uma matriz energética sustentável diante de tamanhos desafios. Na vanguarda da solução em África, o Executivo angolano assumiu o compromisso com a transição energética em curso a nível mundial", encorajou.

Segundo a Executiva da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, quer para o país quer  para o mundo é imperativo reconhecer o quão importante é essa fonte energética, e que o processo de transição deve ser inclusivo e nao excludente.

Destacou que a história mostra, ao longo dos últimos dois séculos, que não houve em qualquer momento substituição completa de uma fonte de energia por outra, e sim uma diversificação de fontes energéticas.

Angola, realçou a discursista, possui vastas terras aráveis, florestas, biomas, clima e relevo que canalizam ambiente propício para a produção agrícola e de biocombustíveis, e cujo  uso como estratégia de diversificação da matriz energética no país inicia-se de matérias-primas renováveis com resíduos agrícolas.

Declarou que estes têm o potencial de reduzir significativamente a emissão de gases de efeito estufa, ao mesmo tempo que promovem  o desenvolvimento rural da agricultura em escala e a familiar, criando uma grande teia de sustentabilidade e segurança alimentar para o país.

As iniciativas citadas, argumentou, não só promovem o desenvolvimento sustentável dentro de Angola, mas também oferecem uma oportunidade única para os parceiros globais alcançarem as suas metas de descarbonização até 2050.

Neste particular, convidou investidores, empresas e parceiros a juntarem-se aos esforços do Executivo nessa jornada de inovação e sustentabilidade, acreditando que com a combinação dos recursos naturais internos se pode criar um futuro energético diversificado e sustentável.

Durante a sua intervenção na conferência promovida pela ANPG e a Câmara de Comércio e Indústria Angola-Itália, defendeu que só juntos se poderá vencer os desafios climáticos, promover a segurança energética e garantir um futuro próspero para as populações.

"Na batalha pela sustentabilidade, Angola, com a sua vasta riqueza em hidrocarbonetos está posicionada de maneira única para liderar essa transição de forma diversificada e sustentável", concluiu Ana Miala, convicta de que esse workshop sobre Inovação e Transição Energética marca história.

MDS
 





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