Luanda - O ministro dos Recursos Minerais, Petróleos e Gás (Mirempet), Diamantino Azevedo, afirmou hoje que o país começará a produzir, a médio prazo, fertilizantes para suprir as suas necessidades, a partir dos seus recursos minerais, incluindo hidrocarbonetos.
O governante fez essas declarações à margem “workshop sobre a utilidade dos agro-minerais”, realçando que têm estado a trabalhar, neste sentido, em conjunto com o Ministério da Agricultura e Florestas (Minagrif) para que este propósito seja alcançado.
Reforçou as suas declarações afirmando que o país tem potencial geológico para investir em agrominerais, entre os quais o fosfato, o potássio calcários e gesso para a produção de fertilizantes.
Destacou também, entre os agro-minerais, o amónio e ureia que podem ser obtidos através do gás ou a partir do hidrogénio verde.
Segundo Diamantino Azevedo, a julgar pelos seus solos e terras aráveis, Angola podem também criar mais empregos, que garantem desenvolvimento sustentável e melhor qualidade de vida para a população.
Na sua óptica, embora os solos angolanos tenham disponibilidade, precisam de correcção para a melhoria do seu PH (grau de acidez, neutralidade ou alcalinidade de uma determinada solução) e nutrientes para que se possa alcançar mais produtividade na agricultura, e fomentar investimentos.
Por outro lado, realçou o ministro referiu que têm estado a promover acções para que se crie mais consciência sobre a importância de se usar o agromineral para a sustentabilidade da agricultura nacional.
O Workshop visou apresentar ideias que promovam a evolução do cluster agro-mineral, onde a participação do sector dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás é determinante no fornecimento de insumos como o gás – na qualidade de fonte de nitrogénio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio, magnésio e outros micro-elementos.
O evento teve ainda como objectivo divulgar áreas com potencial para a exploração de rochas fosfatadas, calcárias, informação geológica e tramitação do acto de solicitação de licenças para a exploração.
Participaram do fórum instituições públicas e privadas que actuam em toda a cadeia produtiva, isto é, operadores mineiros, empresas do agro-negócio, estudantes d áreas relacionadas, bancos e empresas de finanças e seguros. JAM/PPA