Luanda – A República de Angola está a preparar-se para alterar, em 2024, a sua quota de produção na Organização dos Países Exportares de Petróleo (OPEP), que se prevê mais realista, soube a ANGOP.
De acordo com o Governador de Angola na OPEP, Estêvão Pedro, esta-se a pensar em mais de 1 200 000 barris/dia de petróleo, sublinhando que “pensamos que com esta quota poderemos produzir o real daquilo que podemos”.
Actualmente, a quota autorizada de Angola é de 1 455 000 barris de petróleo, estando apenas a cumprir na ordem dos 1,1 milhão de barris/dia, abaixo do limite fixado.
Em declarações à ANGOP, Estêvão Pedro disse haver já uma perspectiva da quota para 2024,avançando que a próxima reunião da OPEP, a decorrer em finais de Novembro de 2023, vai consolidar os dados.
“Vamos procurar apresentar um dado que não seja muito teórico, mas aquele que temos capacidade de produzir”, afirmou o responsável que falava à ANGOP, à margem da Conferência Internacional sobre “Oil and Gas”, cujo encerramento está para este dia, 14 de Setembro.
O aumento da quota, acrescentou, será tendo em conta a actual tendência dos fundamentos do mercado, bem como a capacidade de produção do próprio país, sem no entanto, avançar mais detalhes.
“Caso tenhamos a capacidade de produzir mais, e apresentamos às entidades à conferência da OPEP a nossa justificação prática, poderemos aumentar a quota para mais”, reparou.
Desempenho de Angola
Quando ao mandato de Angola na OPEP, em 2021, disse que os esforços foram “extremos”, período em que o país conseguiu apoiar na revisão da estratégia de longo prazo da organização, o projecto de orçamento e o respectivo plano anual para 2023.
“Em 2021, na presidência da OPEP, conseguimos manter os níveis do preços a nível altos”, considerou.
Referindo-se sobre a organização, Estevão Pedro considera ser um organismo idóneo, justificando os seus feitos, cujos resultados diz serem visíveis, olhando para o preço do crude no mercado, que além dos produtores beneficia também os consumidores.
Angola foi eleita, em Novembro de 2020, para a presidência rotativa da conferência de ministros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) em 2021, em substituição da Argélia.
Em 2006, em Abuja, Nigéria, Angola foi admitida como membro de pleno direito do grupo petrolífero durante a 143.ª conferência extraordinária da instituição.
A OPEP existe desde 15 Setembro de 1960 e integra países como a Argélia, Angola, Guiné Equatorial, Gabão, Irão, Iraque, Koweit, Líbia, Nigéria, República do Congo, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Venezuela.NE