Luanda – Angola já concluiu a primeira fase de inscrição de 202 empresas nacionais para obter o Código de Barras nacional, a partir de Maio de 2023, anunciou esta quinta-feira, em Luanda, o presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Angola (CCIA), Vicente Soares.
Em declarações à imprensa, à margem do acto de celebração dos 34 anos de existência da CCIA, comemorado a 8 de Novembro, o líder empresarial assegurou que com essa concretização estão reunidos os requisitos mínimos exigidos pela entidade que avalia e aprova os códigos de barras dos países, Global Standard (GS1) de Bruxelas (Bélgica).
Esse feito, que servirá de alívio para muitas empresas que ainda recorrem ao mercado externo para adquirir os códigos de barras e identificar os seus produtos, é concretizado dois anos depois do início do processo de recolha de assinaturas de produtores e distribuidores nacionais.
“Após ter ultrapassado a primeira barreira de inscrição das empresas exigidas pela plataforma GS1, vamos passar para a fase seguinte, que passa pela constituição de uma nova entidade ou associação independente para a criação do Código de Barras de Angola, um trabalho que está a ser feito pela comissão técnica, numa coordenação geral da CCIA”, esclareceu.
O código de barras é uma representação gráfica, composta por alguns dígitos e barras verticais, que servem para identificar a origem de um determinado produto. Normalmente, vêm estampado na superfície (parte exterior) das embalagens, latas, garrafas, caixas, vestuários e equipamentos.
Criado para auxiliar os mercados a aumentar a velocidade do processo de verificação na entrada e saída de produtos, os códigos de barras são encontrados em grande parte da actividade comercial, e identificados ou lidos por aparelhos electrónicos apropriados.
Além disso, a utilização desses rótulos reduzem as chances de erros a praticamente zero, uma vez que são padronizados e lidos automaticamente por leitores de códigos de barras.
CCIA reconhece melhorias do ambiente de negócio
Por outro lado, o presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Angola (CCIA) reconheceu a existência da melhoria do ambiente de negócios no país, com destaque para a desburocratização do processo de desalfandegamento dos produtos importados.
Reconheceu, igualmente, a evolução na tramitação de documentos para o desenvolvimento da actividade empresarial em Angola, com o registo de celeridade no tratamento dos processos.
Porém, Vicente Soares considerou a falta de infra-estruturas básicas, como vias de acesso nas zonas produtivas, como um dos constrangimentos que ainda preocupa o empresariado do agronegócio, em particular.
Reconheceu também a existência da baixa produção nacional para responder a demanda e as exigências dos mercados internacionais, facto que tem inibido as exportações dos produtos de Angola, como café, mel, entre outros bens.
Por outro lado, considerou positiva a concretização das acções programadas para este ano, o que permitiu dar mais visibilidade à CCIA, tendo assegurado o continuo trabalho para satisfizer os interesses dos associados e da sociedade angolana, em geral.
Criada a 8 de Novembro de 1988, a Câmara de Comércio e Indústria de Angola (CCIA) tem como objectivo juntar a classe empresarial para a defesa dos seus interesses, assim como promover e reforçar as relações económicas e comerciais entre Angola e o resto do mundo, exercendo o papel de sindicato patronal.