Luanda - A conta corrente da balança de pagamentos angolana manteve o registo superavitário, no primeiro trimestre deste ano, com um saldo avaliado em 4 715,4 milhões de dólares, equivalente a 18,1% do Produto Interno Bruto (PIB).
No global, de acordo com o Relatório da Balança de Pagamentos e Posição de Investimento Nacional publicado, nesta sexta-feira, pelo Banco Nacional de Angola (BNA), a balança de pagamentos registou um saldo deficitário na ordem de 278,6 milhões de dólares norte-americanos, no primeiro trimestre, o que representa melhoria face ao trimestre anterior.
No trimestre anterior o referido saldo foi avaliado em 1 079,9 milhões de dólares norte-americanos, de acordo com a publicação consultada pela ANGOP.
A evolução positiva da conta corrente é justificada, essencialmente
pelo aumento dos excedentes da conta de bens, apesar do agravamento do défice das contas de rendimentos primários e secundários.
O saldo da conta de bens passou de 6 878,2 milhões de dólares norte-americanos, no quarto trimestre de 202, para 8 910,6m ilhões de dólares norte-americanos no período em referência, um aumento considerável justificado, pela recuperação do preço
médio dos principais bens (matérias-primas) exportados por Angola, nomadae,petróleo bruto, gás e diddidiamantes.
Ainda no período em análise, a posição líquida do investimento internacional registou, de igual modo, uma melhoria do seu défice que se cifrou em 21 069,9 milhões de dólares norte-americanos, contra 24 478,6 milhões de dólares norte-americanos do trimestre precedente.
Ao contrário do superavit registado na balança de pagamentos, a conta corrente e financeira registou um saldo deficitário de 4 162,7 milhões de dólares norte-americanos, contra um défice de USD 2 923,9 milhões do trimestre anterior, o que representa uma deteorização do seu saldo em 42,4%.
De acordo com o relatório do Banco Central, todas as categorias da conta corrente tiveram um desempenho negativo, com realce para outros capitais e investimento directo, com um peso de 50% a 30%, respectivamente.
O défice de outros capitais foi influenciado pelos créditos comerciais concebidos a não residentes.
Enquanto isso, a redução da recuperação dos investimentos no sector petrolífero "empurrou" para baixo o saldo do investimento directo que foi de 1 358,3 milhões de dólares contra o défice de USD 1 480,8 milhões do período anterior.