Luanda - A ministra das Pescas e Recursos Marinhos, Carmen dos Santos, reafirmou hoje, em Luanda, o compromisso do Executivo com a gestão sustentável dos oceanos para combater a pesca ilegal, com uso de novas tecnologias do Centro Regional de Monitorização, Controlo e Fiscalização da Pesca (MCSCC), da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
A governante, que falava à imprensa, à margem da formação inicial de inspectores, no âmbito do projecto Stop Atlântico, para o combate à pesca ilegal, adiantou que o centro já referenciado, com apoio da Embaixada dos Estados Unidos, vai melhorar a qualidade da visualização dos infractores.
“Em tempo real, iremos perceber concretamente onde a infracção está a ser cometida, bem como a abordagem do inspector”, precisou.
Para além da digitalização, a titular da pasta das Pescas apontou como valor acrescentado do Stop Atlântico a formação dos quadros, conservação dos oceanos, mares e a sustentabilidade.
Relativamente à contribuição do sector no Produto Interno Bruto (PIB) de Angola, fez saber que continua entre 3.5 e 4 por cento, mas com o contínuo combate da pesca ilegal haverá melhoria do trabalho e maior aproveitamento da actividade de pesqueira.
“Usar os oceanos, manter a sustentabilidade, o ecossistema e as espécies biológicas é outra das finalidades do Executivo”, frisou.
O representante da Embaixada dos Estados da América em Angola, Chistopher Hattayer, entende que a parceria no domínio dos oceanos tem como pilares fundamentais o apoio à segurança, boa governação e prosperidade económica.
“Devemos apoiar o Governo angolano e os outros países, Namíbia e África do Sul, a protegerem o mar, pelo que se pretende contribuir na formação e sensibilização dos quadros”, asseverou.
Considerou a pesca ilegal como um grande risco para a saúde e para a biodiversidade.
O projecto denominado Stop Atlântico, que visa a luta da pesca ilegal, não regulamentada e não declarada, conta com o apoio da Embaixada do Estados Unidos.
Com este projecto, os países da SADC, designadamente os envolvidos na corrente fria de Benguela (Angola, Namíbia e África do Sul) podem ter uma acção concertada com o Centro Regional de Monitorização, Controlo e Fiscalização da Pesca (MCSCC), da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), sedeado em Moçambique, Maputo. ML/AC