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Angola realça potencialidades económicas na Cimeira Coreia-África

     Economia              
  • Luanda • Quinta, 06 Junho de 2024 | 00h59
Colheita de milho na Huíla
Colheita de milho na Huíla
Morais Silva - ANGOP

Luanda - O ministro de Estado para Coordenação Económica, José de Lima Massano, realçou, em Seul (Coreia do Sul), as potencialidades do país e as medidas que têm sido implementadas, pelo governo angolano, com vista à diversificação da economia nacional.

O governante angolano intervinha, em representação do Presidente da República, João Lourenço, na Cimeira Coreia-África 2024, realizada nos dias 4 e 5 do corrente mês, na capital sul-coreana, segundo um comunicado da Embaixada de Angola neste país asiático chegado à ANGOP, esta quarta-feira.

“Nos nossos esforços para diversificar a economia estamos focados em sectores específicos e aqui gostaria de mencionar o Plano Nacional de Fomento à Produção de Cereais (Planagrão), ao abrigo do qual milhares de hectares de terra estão a ser reservados para a plantação de arroz, milho, trigo, soja e outros cereais, com o envolvimento de investidores privados, respondendo às necessidades de segurança alimentar e de capacidade sustentável de exportação de alimentos”, disse.

No capítulo energético, o ministro de Estado explicou as vantagens comparativas que Angola possui na produção de energia renovável, nomeadamente solar e hídrica, com uma capacidade que excederá, em breve, a procura local e permitirá a sua exportação, criando novas oportunidades de investimento, graças aos recursos naturais do país e a sua localização geográfica.

José de Lima Massano falou das extensas áreas sub-exploradas do país, que se estima conterem reservas consideráveis ​​de minerais críticos, incluindo cobre, cobalto, manganês e lítio.

Sublinhou que a situação compele as autoridades angolanas a adoptar uma estratégia para aumentar a atractividade do sector junto dos investidores, promovendo a transparência, o que culminou com a adesão de Angola, em 2022, à Iniciativa de Transparência nas Indústrias Extractivas.

Por outro lado, o governante realçou as “boas relações de amizade entre Angola e a Coreia”, reforçada com a assinatura, há 30 anos, do primeiro Acordo Geral de Cooperação Económica, Técnica e Científica, que tem viabilizado os laços comerciais entre os dois países, com destaque para a construção de petroleiros, transportadores de GNL, navios-sonda e plataformas marítimas à indústria petrolífera angolana.

De igual modo, enfatizou a recente visita do Chefe de Estado angolano à República da Coreia, durante a qual foram assinados vários instrumentos jurídicos, com vista ao reforço da cooperação e atracção de investimento sul-coreano.

No quadro da cimeira, após participar no Fórum de Negócios Coreia-África, o ministro assinou, com as autoridades sul-coreanas, o memorando de entendimento sobre o projecto denominado Cinturão do Arroz K (K-Rice belt), visitou o museu da Samsung e abordou, com uma delegação da Hyundai Engineering Co. Ltd, aspectos sobre possíveis projectos de cooperação e investimentos em Angola.

O projecto K-Rice belt é uma iniciativa da Coreia com diversos países africanos, destinada a promover a cooperação para o aumento do cultivo do arroz em Angola.

Angola foi formalmente convidada a participar do evento, que tem como objectivo principal aprofundar as relações de amizade e de cooperação focada na diplomacia económica, com o intuito de assegurar o desenvolvimento sustentável do Continente africano e da República da Coreia.

Integraram a delegação os secretários de Estado para Cooperação Internacional e Comunidades Angolanas do Ministério das Relações Exteriores, das Finanças e Tesouro, para as Florestas e o embaixador de Angola na Coreia.

Estiveram igualmente, entre outros, quadros seniores dos ministérios das Relações Exteriores, das Finanças e da Agricultura e Florestas. VC





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