Luanda - O secretário de Estado para os Recursos Minerais, Jânio Victor, reafirmou esta quinta-feira, em Luanda, o comprometimento de Angola com os mecanismos de certificação de diamantes das Nações Unidas (ONU), com vista à prevenção de conflitos.
Ao intervir na abertura da reunião do Comité “Ad Hoc” de Revisão e Reforma do Processo Kimberley (PK), o governante assinalou as práticas recentemente aprovadas no âmbito das remodelações em curso do processo, com incidência para a listagem no certificado de países de origem mineira para as parcelas de diamantes agregados, a fim de promover maior transparência.
Realçou a discussão em curso em torno do sistema de rastreabilidade e digitalização dos certificados do Processo Kimberley.
Jânio Victor sublinhou que a actual conjuntura internacional exige mais união dos “stakeholders” dos países produtores de diamantes na defesa dos interesses comuns, com vista a contribuir para que as relações humanas, políticas e económicas do mundo sejam cada vez mais equilibradas e garantam o desenvolvimento sustentável.
“Estamos a viver um momento de particular instabilidade, derivado essencialmente da conjuntura económica internacional e da campanha de descredibilização dos diamantes naturais no mercado internacional”, anotou.
Por esse facto, insistiu na necessidade de união dos países-membros do PK, a fim de defenderem-se das tendências que visam prejudicar a indústria diamantífera.
Com duração de dois dias, a reunião do Comité “Ad Hoc” de Revisão e Reforma do Processo Kimberley visa, entre outros, rever o conceito de diamantes em conflito e os diplomas que conformam o PK, assistência técnica às comunidades adjacentes às áreas de conflito, bem como preparar a plenária do mecanismo, a decorrer de 11 a 15 do próximo mês de Novembro, nos Emirados Árabes Unidos.
Com termo previsto para sexta-feira, o encontro está a ser orientado pelo presidente do Processo Kimberley, Ahmed Bin Sulayem, e conta com a participação de representantes de boa parte dos países-membros deste mecanismo das Nações Unidas, estabelecido há 21 anos, com o intuito de evitar o comércio de diamantes de guerra. ACC/VC