Luanda - O melhoramento da posição de Angola no comércio internacional passa pela aceleração do processo de crescimento de vários sectores económicos, admitiu, esta quarta-feira, o ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior.
Para o país reduzir a dependência do mercado externo, Nunes Júnior indicou como via o crescimento acelerado dos sectores da agricultura e pescas, das indústrias transformadora e extractiva, do comércio, da construção, dos transportes e outros.
"São sectores intensivos, de mão-de-obra, que criam muitos empregos e, ao mesmo tempo, podem melhorar a nossa posição no comércio internacional", admitiu.
Falando no I Fórum sobre Comércio Internacional, o governante disse que Angola tem de evitar a posição de dependente neste processo, e tirar o maior rendimento deste ambiente de globalização e de grande complementaridade entre países.
"Isto só pode ser feito se Angola despontar para o mundo, com uma competitividade estrutural em determinados sectores de actividade, o que pressupõe apostar na diferenciação e qualidade dos nossos produtos", defendeu.
Neste âmbito, considerou oportuno e necessário a implementação do Plano Nacional de Promoção do Grão (PLANAGRÃO), sobretudo agora que o mundo vive uma ameaça à segurança alimentar.
"Vamos aproveitar esta ameaça para transformar Angola num dos maiores produtores de grãos de África", exortou Nunes Júnior, apontando vantagens como as condições naturais e a posição geográfica previlegiada do país.
Para além dos trabalhos em curso para o aumento da produção nacional e revitalização do sector produtivo, o dirigente defendeu a busca de sinergias para a obtenção dos melhores resultados, a partir de uma maior inserção da economia nacional no mercado internacional.
Alertou que para o país ter uma posição cada vez mais vantajosa no comércio internacional os empresários nacionais têm de estar mais abertos a estabelecer parcerias com outros países possuidores de "know how" e de tecnologia avançada.
O Executivo, prosseguiu, adoptou medidas com vista a facilitar o comércio, assim como foi posto em funcionamento o Comité Nacional para a Facilitação do Comércio, à luz dos Acordos da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Participam no Fórum sobre o Comércio Internacional operadores económicos, representantes da banca comercial e instituições públicas.