Luanda - Angola produz actualmente 8,5 milhões toneladas de cimento por ano e necessita para consumo interno cerca de 2,5 milhões, informou nesta quinta-feira o presidente da Associação das Indústrias Cimenteiras do país (AICA), Paul Ang.
Num encontro com o ministro da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, o representante da associação, que congrega as cinco cimenteiras existentes em Angola, disse que o país pode exportar os restantes seis milhões de toneladas de cimento que produz.
Para o efeito, Paul Ang avançou que a pretensão depende sobretudo das condições de preços e da competitividade no mercado internacional.
Segundo Paul Ang, não existe um aumento no preço do cimento, mas um ajuste que acompanha a variação de insumos que ocorrem, tendo em conta os investimentos.
“Na dolarização, o cimento não aumentou, muito pelo contrário, caiu pela metade do seu preço original em 2015, de 130 dólares a tonelada para 60 dólares actuais”, referiu.
Paul Ang referiu ainda que as cinco empresas que formam a AICA, empregam directamente um total de quatro mil 500 pessoas e cerca de nove mil de forma indirecta.
Para o presidente da Associação das indústrias Cimenteiras de Angola (AICA), o encontro com o ministro da Indústria e Comércio serviu para apresentar questões que dificultam o funcionamento normal das empresas cimenteiras, bem como traçar estratégias no sentido de melhorar o ambiente de negócio.
O líder associativo avançou que neste momento tem sido difícil adquirir divisas para fazer manter a manutenção dos equipamentos e comprar os insumos.
Por isso, solicitou ao Governo no sentido de auxiliar na redução das tarifas alfandegárias, no sentido de massificar a exportação de cimento para outros países.
Para o ministro da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, a capacidade produtiva das cinco empresas cimenteiras existente em Angola é de facto muito grande, situação que leva a promoção da exportação deste produto.
Segundo o ministro, a AICA apresentou vários constrangimentos que serão ao seu tempo solucionados, uma vez que envolvem outros departamentos ministeriais.
O ministro realçou ainda que o país está numa economia de mercado, sendo assim, não impõem restrições a qualquer empresa que queira investir, mas protege a produção nacional.
Neste momento, as empresas produtoras de cimento em Angola já exportam para São Tomé e Príncipe e Gabão.