Talatona- Angola prevê atingir em 2027, uma capacidade instalada de 9.0 GW, com a conclusão do aproveitamento hidroeléctrico de Caculo Cabaça que se encontra em fase de construção, disse, nesta sexta-feira, em Luanda, o ministro da Energia e Água, João Baptista Borges.
O governante que falava, na abertura da 25º Reunião do Comité de Direcção da Polo Energética da África Central (RNT,) disse que a transição energética no país atingiu , nos últimos anos, uma capacidade total instalada de 6,3 GW , com a conclusão recente da construção da barragem de Lauca.
De acordo com o ministro, a conclusão dos referidos projectos permitirão gerar um adicional de 2.17 GW, bem como o acréscimo de 500 MW de capacidade solar, provenientes dos parques fotovoltaicos da região de Catete e da província de Malanje .
As obras dos campos, iniciadas em 2017 e avaliadas em mais de cinco mil milhões de dólares, contam actualmente com 2 mil e 500 funcionários, entre nacionais e estrangeiros.
Referiu que a par da produção hidroeléctrica, que Angola vem modernizando e diversificando a sua matriz energética, destacando-se a conclusão, recentemente, da construção de sete centrais fotovoltaicas, contribuindo com cerca de 370 M , no âmbito do sistema eléctrico público, visando atender mais de 500.mil habitantes, a nível das zonas rurais.
João Batista Borges sublinhou ainda subsistirem desafios no domínio das infra-estruturas, impondo-se a necessidade de dar início a um processo de energia com menor custo de investimento e de acessibilidade das comunidades.
Conforme o ministro, a Região Central da África ainda apresenta um nível médio de electrificação reduzida, situando-se em cerca de 40 por cento para uma população total de 185 milhões de habitantes com um potencial energético avaliado, aproximadamente, em 50 GW e uma capacidade instalada actual de 10 GW.
João Baptista Borges explicou que o sector eléctrico é confrontado, de modo permanente, com a necessidade de recursos financeiros avultados, humanos, tecnológicos para fazer face aos seus múltiplos desafios, nos domínios da produção, transporte, distribuição e comercialização, tornando indispensável o incentivo ao investimento privado, promoção de financiamento de infra-estruturas, incluindo as parcerias públicas- privadas.
Explicou que o governo pretende igualmente promover a construção de um sistema de transporte de energia eléctrica que ligue à vizinha República da Zâmbia e integre o Sistema Elétrico Nacional, integrado no sistema da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), estando em equacionamento o modelo de financiamento.
De acordo com o gestor público , no âmbito da concretização do plano nacional de desenvolvimento 2022-2027, Angola prevê, avançar para construção de interligações com regiões central de Austral de Africa, com destaque para Repúblicas da Namíbia, Zâmbia e Congo Democrático.VS/MAG