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Angola pode tornar-se auto-suficiente na produção de fertilizantes

     Economia              
  • Luanda • Quinta, 23 Novembro de 2023 | 17h31
Campo de produção agrícola
Campo de produção agrícola
Emerson Hossi ANGOP

Talatona - O sector mineiro angolano está a desenvolver um plano de acção para que o país atinja a auto-suficiência na área de produção de fertilizantes, informou, esta quinta- feira, em Luanda , o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás de Angola, Diamantino Pedro de Azevedo.

O governante, que falava à Imprensa à margem da II  Conferência e Exposição  Internacional  sobre o Sector  Mineiro, que decorre em Luanda, de 23 a 24 de Novembro, referiu que, com a implementação das acções traçadas,  espera-se que o fertilizante produzido em Angola possa ser exportado,  aumentar as divisas no país e contribuir para a erradicação da pobreza. 

Como  projectos que levarão o país a atingir a auto-suficiência na produção do fertilizante, o responsável apontou a produção de  fosfato na província de Cabinda, onde está a ser construída uma fábrica para a produção de granulado de fosfato, com a aplicação directa em algumas  culturas,  as  duas  concepções de fosfato na província do Zaire, bem como  o trabalho  desenvolvido para a identificação  de ocorrência  de potássio.

“Todos os ingredientes necessários  para que o país se torne auto-suficiente em fertilizantes estão apresentados, o que resulta em mais produção agrícola, maior  segurança alimentar garantida e maior contribuição para a erradicação da pobreza”, referiu.

Como demonstração do desenvolvimento do sector,  exemplificou o funcionamento  de empresas estrangeiras de renome  internacional na área dos  mineiros.

O potencial do país actualmente aponta, de acordo  com o  ministro,  para a possibilidade de, num  futuro próximo, com  muito trabalho de investigação geológica, em várias etapas, reconhecimento prospecção,  pesquisa e  avaliação,  vir a ter a exploração ou produção  de  vários outros minerais. 

Diamantino de Azevedo afirmou que o  Plano  Nacional de Geologia  está a ser  um sucesso e que  grande  parte das acções já  foram  implementadas, apesar de significar que  ao ser concluído encerra-se  a prospecção e a melhoria do conhecimento geológico do país. 

O conhecimento geológico de um país, segundo o engenheiro,  é  uma actividade  constante, contínua e infinita, não restrita  ao  desenvolvimento do trabalho mineiro, mas  serve para o planeamento político e económico de um país e o desenvolvimento de quase toda acção para se continuar  a melhorar o conhecimento geológico do país, a  capacitação  de técnicos, a criação de infra-estruturas  laboratoriais.

"O Executivo continua apostado  na  criação de  um bom ambiente de negócios no país, com  vista a promoção do investimento estrangeiro no sector mineiro, com o cumprimento do Plano de Desenvolvimento Nacional indicado para o sector mineiro essencialmente, onde a  responsabilidade  é destacar  os agentes privados e criar um  bom ambiente de  negócios para que  as empresas privadas  possam desenvolver.

 Afirmou que  o  bom ambiente de  negócios  passa  também  pela  criação de  leis que sejam referências,  de  infra-estruturas lógicas ou seja  disponibilidade  de  mais  informação  e com maior qualidade.

Ainda  na senda  da criação de bom ambiente,  o responsável  apontou também  a criação de  infra-estruturas laboratoriais e o capital humano, de  maneira a se captar cada  vez mais técnicos  a todos os  níveis básicos,  médios e superiores com maiores habilidades para que as empresas  se  sintam  suportadas e  invistam no país.

“Há  necessidade de divulgar o que  Angola faz, colocar a sociedade, promover  o sector  mineiro,  divulgar o que se pretende  fazer,  assim como ouvir também as  expectativas de todos aqueles que se  interessam por estes eventos”, frisou.

O ministro sublinhou que os estudos de viabilidade confirmam elevado potencial para impulsionar a economia, tornando imperativo a sua divulgação para que os potenciais investidores tenham conhecimento, uma vez que se trata de minérios marcantes a nível internacional.

Projectos como o  de exploração de cobre em curso na província do Uíge, de nióbio em Quilengues, província da Huíla, assim como a exploração de minerais que contêm elementos de terras raras em Longonjo, província do Huambo, foram citados pelo titular da pasta.

Durante  dois dias, o evento prevê de mesas redondas sobre "A visão  de Angola  para  o  desenvolvimento  sustentável   no  sector  dos  recursos   minerais", "Perspectivas  da prospecção  mineira  face a modernização  tecnológica  patrocinada  pela Ozango", "Desenvolvimento  de  uma  força  de trabalho  para excelência", "Diversidade e crescimento economico e  desafios  do  mercado  internacional de diamantes". MAG





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