Luanda – Angola pretende alcançar dois milhões de turistas anualmente com a implementação do amplo Programa de Fomento e Promoção da actividade turística em curso no país.
A intenção foi avançada esta quinta-feira, em Luanda, pelo secretário de Estado para o Turismo, Hélder Marcelino, durante a sessão temática “Programa de promoção e desenvolvimento do turismo”, promovida pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social.
De acordo com o dirigente, acções estão a ser realizadas para aumentar, substancialmente, o número de turistas que supere os 218 mil recebidos em 2019, em Angola.
Em 2023, recordou, 133 mil turistas visitaram o país, mais 11 mil em relação ao ano de 2022, provenientes de 100 países, liderados por Portugal, seguido da China, Índia, Brasil, França, Reino Unido, Estados Unidos da América, África do Sul e Líbano.
Destacou a melhoria de infra-estruturas básicas e serviços de apoio ao turismo, acessibilidades, energia eléctrica, telecomunicações, conectividade entre as localidades (via aérea, terrestre e marítima), água potável e primeiros socorros como factores que influenciaram a atracção desses turistas.
Para atracção de mais turistas, Hélder Marcelino apontou também a realização do “turismo de curta pausa”, que envolve o turismo interno, com a participação de empresas locais, podendo constituir-se em oportunidade para o desenvolvimento das pequenas e médias empresas em locais como Cabo Ledo, Mussulo e Benguela.
Desatacou o turismo para investigadores e exploradores, que escolhem locais específicos, cujo segmento envolve especialistas locais, garantindo margens altas de rendimento.
Avançou que o Programa de Promoção de Desenvolvimento do Turismo está estruturado com várias prioridades já identificadas, visando assegurar o investimento directo em grande escala, promover a marca "Angola Turismo", garantir a atracção do investimento no sector e melhoria do ambiente de negócios.
Consta igualmente das prioridades do Governo, a reabilitação e requalificação de 18 recursos turísticos identificados em diversas províncias do país, com destaque à Baia de Luanda e ao Miradouro da Lua, Polo de Desenvolvimento Turístico de Cabo Luanda, ao Polo de Desenvolvimento Turístico de Kalandula, Pedras Negras de Pungo Andongo, em Malanje, Colinas do Curoca, no Namibe, Ponta do Padrão, no Zaire, dentre outros.
O aeroporto António Agostinho Neto que beneficiará de trabalhos para colocação de imagens da cultura angolana e postos de informação turísticos constam igualmente dos recursos a serem intervencionados.
Conforme referiu o secretário de Estado, o sector vai transformar dois hotéis INFOTUR das províncias de Luanda e Cabinda, em hotéis-escola.
No quadro legal, apontou como prioridade a actualização da lei do turismo e o acompanhamento ao funcionamento dos empreendimentos de apoio à actividade.
Angola conta com mais de três mil e 300 empreendimentos hoteleiros entre hotéis, hospedaria e similares, 572 agências de viagem e turismo e 700 guias turísticos. ASS/QCB