Luanda – Uma delegação angolana da Comissão Nacional do Processo Kimberley (CNPK) vai representar o país na Plenária Reunião deste órgão de certificação dos diamantes vendidos em todo o mundo, a decorrer de 8 a 12 do corrente mês, em Moscovo (Rússia).
O evento visa reflectir sobre as boas práticas e a proveniência responsável dos diamantes brutos na indústria mineira.
A comitiva angolana, a ser encabeçada pelo coordenador executivo da CNPK, Paulo Mvika, integra quadros seniores do sector minério angolano, que durante cinco dias vão eleger, também, o país que deverá albergar o Secretariado Permanente do Processo Kimberley, em 2022.
De acordo com uma nota de imprensa chegada esta sexta-feira à ANGOP, os países africanos preferem que o Secretariado Permanente do Processo Kimberley tenha como sede um país de África, como o Botswana, que automaticamente vai assumir a presidência rotativa deste órgão, no mandato de 2022.
Conforme o documento, os participantes ao evento vão, igualmente, analisar a situação da República Centro Africana (RCA), bem como o progresso sobre as discussões em torno da Definição de Diamantes de Conflito.
Entre vários assuntos, constam ainda da agenda da Plenária Reunião do Processo Kimberley, a digitalização do Certificado do Processo Kimberley (CPK), a admissão de novos países participantes ao PK e a eleição do vice-presidente para o mandato de 2022.
Criado em 2003, com o objectivo de eliminar o comércio de diamantes de conflito, o Processo Kimberley é o órgão que garante a certificação dos diamantes vendidos em todo mundo, assegurando que os mesmos “não sejam provenientes de zonas de conflitos”.
Angola é membro co-fundador do Processo Kimberley desde 2003. Exerceu a presidência em 2015 e a vice-presidência em 2014.
Com uma capacidade de produção de mais de oito milhões de quilates por ano, Angola é o quinto maior produtor mundial de diamantes, com 13 por cento da extracção deste mineral, tendo as províncias da Lunda-Norte e Lunda-Sul como as principais áreas de exploração diamantífera.
Em África, o país ocupa a segunda posição, a seguir ao Botswana.
Actualmente, a Rússia exerce a presidência rotativa do Processo Kimberley (PK), enquanto o Botswana é vice-presidente.
Conforme a regra do PK, depois de terminar o mandato do presidente, automaticamente o vice-presidente assume a presidência, facto que vai acontecer na referida Plenária Reunião.
