Luanda – O director Nacional de Obras Publicas, Lucau Kiampuku, disse quinta-feira, em Luanda, que Angola necessita de 2,2 milhões de habitações até 2050, devido a tendência real de crescimento populacional.
Ao discursar em representação do ministro das Obras Públicas e Habitação, no Fórum Angolano da Construção, fez saber que o sector, apesar de ter alojado mais de dois milhões de pessoas, o défice habitacional continua considerável.
"Se a necessidade dos 2,2 milhões de casa não se realizar, o número poderá subir para quatro milhões, tendo em conta a referida taxa de crescimento populacional", explicou.
Segundo o responsável, para se contribuir para a redução do défice, o Executivo aprovou o programa de auto-construção dirigida, onde o Estado disponibiliza terrenos loteados com segurança jurídica, com as infra-estruturas a serem colocadas faseadamente.
Este programa foi criado para incentivar o investimento imobiliário e garantir o funcionamento eficiente do mercado habitacional, permitindo a aquisição de lotes e construção de habitações.
“Apesar das várias conjunturas económicas e financeiras adversas, o sector assegurou a implementação e manutenção das acções prioritárias definidas pelo executivo, centradas na promoção do desenvolvimento equilíbrado do território que permitiram alcançar vários resultados", assegurou.
Neste particular, descreveu terem sido construídos e reabilitados três mil 985 metros de pontes em betão, instalados 200 metros de pontes metais, asfaltados 11 mil e 400 km nos principais troços da Rede Nacional de Estradas que apresentam cerca de 41,3% em relação à extensão total de 27 mil 600 km da Rede Nacional de Estradas.
"As obras de reabilitação de estradas permitiram que, no conjunto, o sector da construção regista-se uma taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de zero, um por cento em 2018 para 5,52 por cento em 2022", adiantou.
Salientou que conclusão de mais de 240 km de vias urbanas no âmbito das infra-estruturas integradas em diversas províncias, privilegiando as cidades capitais do Lubango, Caxito, Cabinda, Malanje e Soyo, e a conclusão de 28 centralidades, urbanizações e projectos de habitações sociais, o que permitiu a disponibilização de cerca de 350 mil habitações.
O director Nacional de Obras Publicas recordou que o sector da construção gerou mais de cem mil empregos, desde o ano 2018 a 2023.
Lucau Kimpuku enalteceu a iniciativa da "Assertiva Comunicação" por ter organizado este fórum, para assegurar a continuidade do diálogo e auscultação, em matérias do sector, com responsáveis, técnicos e as associações empresariais e as ordens profissionais e academias.
O Fórum Angolano de Construção abordou temas como a "A competitividade no sector da construção", "O impacto na economia e "Desafios das construtoras em Cenários de crise".
SL/MDS