Luanda – A empresa privada de Gás Natural Liquefeito (Angola LNG, sigla inglesa) investiu, desde 2013, cerca de 590 milhões de dólares norte-americanos em programas ambientais e sociais na província do Zaire, região Norte do país.
Esse investimento surge 10 anos depois da empresa ter atingido 400 carregamentos de gás, em Junho último, facto que constitui um marco histórico, desde a sua primeira exportação feita para o Brasil, em 2013, tornando-se num fornecedor fiável e competitivo deste produto no mercado mundial.
Entre as acções sociais da Angola LNG, destaca-se o investimento feito na construção de um edifício polivalente, com biblioteca, laboratórios, 12 novas salas de aula e instalações desportivas e lúdicas para mais de mil e 200 crianças na Escola do Bairro da Marinha, no município do Soyo.
De acordo com os dados dessa empresa, o investimento incluiu também a construção de estradas e pontes locais, uma nova central eléctrica, a modernização das infra-estruturas do aeroporto, habitação social, expansão do Hospital Municipal do Soyo, em colaboração com as autoridades locais e parceiros, para além do desenvolvimento de programas de formação à população local.
No domínio ambiental, constam das acções uma vasta gama de projectos que protegem e melhoram os ecossistemas indígenas, por meio de programas de restauração de mangais, protecção das tartarugas marinhas e da Palanca Negra Gigante.
Ainda nesse sector, as operações da Angola LNG prima pelo melhoramento da qualidade do ar, através da eliminação da queima de gás e da redução das emissões e dos gases com efeito de estufa.
Em relação ao alcance do marco histórico, a petrolífera avança que os 400 carregamentos foram entregues em cerca de 30 países a nível mundial, tendo percorrido mais de dois milhões e 800 mil milhas náuticas.
Sem apontar a quantidade (toneladas métricas) de gás exportada e o valor arrecadado no período em referência, a fonte da Angola LNG aponta a Índia como o mercado mais importante do destino do produto angolano, somando cerca de 60% dos carregamentos de Gás Natural Liquefeito (GNL).
Em função da escassez de gás na Europa, em consequência da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, este continente tem sido um mercado cada vez mais concorrido nos últimos tempos, com destaque para o ano 2022, segundo a fonte da empresa, consultado pela ANGOP.
Com um investimento de 12 mil milhões de dólares, o projecto Angola LNG, construído para criar valor a partir de recursos de gás offshore, é um dos maiores investimentos de sempre na indústria angolana de petróleo e gás.
Possui uma das instalações de processamento de GNL mais modernas, sendo a única fábrica do mundo a operar inteiramente a partir de gás associado de blocos petrolíferos offshore.
Tem uma capacidade anual de 5.2 milhões de toneladas métricas e um total de previsão média de vendas, por dia, de 670 milhões pés cúbicos de gás natural, bem como 63 mil barris de gás natural líquido.
Localizada a 350 quilómetros a Norte de Luanda, na foz do rio Congo, município do Soyo, a unidade fabril é o primeiro projecto privado do mundo que trabalha com gás associado, resultante da exploração de petróleo em alto mar, que anteriormente era queimado na atmosfera.
Fazem parte da estrutura accionista dessa fábrica a Chevron, com uma participação de 36,4%, Azule Energy (27,2%), Sonangol (22,8%), e a TotalEnergies, com 13,6% das acções.QCB/NE