Luanda – As torças comerciais entre Angola e a Índia atingiram quatro mil milhões de dólares, entre 2019 e 2020, com um superavit para Luanda, disse recentemente à imprensa, a Embaixadora da Índia, Pratibha Parkar.
A Embaixadora revelou o facto à imprensa, quando interagia com jornalistas angolanos, num almoço de confraternização, na sua residência oficial.
Nova Dheli importou de Angola petróleo a granel, no valor de 3,7 milhões, e exportou para o país africano produtos, no valor de 0,3 mil milhões, disse a diplomata.
Desse negócio, explicou, sobressai o facto de Angola ser o segundo maior fornecedor de crude para o país asiático, compartilhando com o mesmo 10% do seu comércio externo.
Recorde-se que no inicio do corrente mês, Pratibha Parkar, citada num comunicado do Conselho de Exportação e Promoção de Pedras Preciosas e Jóias da Índia (GJEPC), revelou que Angola estava aberta ao investimento directo estrangeiro das empresas indianas para ajudar a desenvolver o potencial mineiro do país.
Por seu lado, falando em vídeo-conferência com empresários indianos, o administrador da Sociedade Nacional de Comercio de Diamantes de Angola (SODIAM), Fernando Amaral, manifestou o interesse de, com as novas modalidades de política diamantífera vender gemas através de sites, concursos em mercados reconhecidos, também conhecidas como zonas especiais notificadas (SNZs).
Aquele primeiro encontro virtual do género entre os dois países foi co-organizado pelo GJEPC, a SODIAM, a Câmara de Comércio industria Angola/Índia e pela Índia Global Connect.
Estiveram ainda presentes no evento, delegados do Departamento de Comércio da Índia e proeminentes empresas diamantíferas privadas daquele país, mormente a Kapu Gems; a KGK; a Diamonds Tiku Gems; a Rosyblue, a Asian Star e a KBS Diamond.
Informações passadas pela Missão diplomática da Índia em Angola indicam que entre 2019 e 2020, aquele país asiático importou de Angola diamantes no valor de 6,01 milhões de dólares americanos.
Angola e a Índia estabeleceram relações diplomáticas em 1985. As mesmas reforçaram-se em 2018, durante a conferência dos BRICS, em Joanesburgo (África do Sul), quando à margem da mesma, o Presidente angolano, João Manuel Gonçalves Lourenço, reuniu-se com o Primeiro-ministro, Narendra Modi.
Encontros idênticos seguiram-se, a 07 de Setembro, entre os respectivos chefes das diplomacias, nomeadamente S. Jashankar e Tété António.
Do encontro resultou a assinatura de três Memorandos de entendimento relativos à
Intensificação das relações económicas, através de parcerias no comércio, na agricultura, no investimento, no processamento de alimentos, na saúde e produtos farmacêuticos.
Sectores como as tecnologias de informação e telecomunicações, diamantes, e petróleo e gás foram abrangidos pelos Memorandos assinados.
