Luanda - O governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano, considera que o país fez progressos assinaláveis no seu sistema financeiro, depois de sair das listas negra e cinzenta do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI).
"Evoluímos no ano de 2016, saímos em definitivo desta lista. Saímos da lista negra, passámos na cinzenta e saímos", disse José de Lima Massano aquando da realização do 105ª Sessão do Comité de Política Monetária (CPM), que decorreu na Huíla, a 31 de Maio,deste ano.
Respondendo à jornalistas locais, na altura, sobre a vinda a Angola da equipa do Grupo de Prevenção ao Branqueamento de Capitais da África Oriental e Austral (ESSAMLG), referiu ser o caminho que o país vem trilhando, desde 2010, período em que estava bloqueado por fazer parte de uma lista de países que eram considerados não cooperantes.
"Queremos continuar fora dessas listas. O trabalho é permanente e as regras são alteradas e algumas são determinadas pelo próprio GAFI, que regula essas matérias e outras são de iniciativas das nossas próprias autoridades, incluindo o próprio Banco Nacional de Angola", assegurou o governador do Banco Central.
José de Lima Massano Júnior referiu que os bancos fazem mais perguntas e querem saber de onde veio o dinheiro, para assegurar que às orientações do ponto de vista normativo, no que se refere a eficácia, também são uma realidade.
Neste campo, afirmou que está a evoluir, olhando o para o trabalho a ser feito e ao espaço existente para melhorias em torno desta matéria.
O responsável disse que quer contar um pouco mais com as entidades supervionadas pelo BNA, afirmando que a avaliação que está a ser feita é a ao país, e não apenas ao sistema financeiro.
"O trabalho que temos efectuado dá-nos o conforto de que estamos no caminho certo. A preocupação não é apenas existir um acto de branqueamento do sistema financeiro, mas também a origem dessas transacções", sublinhou.
A avaliação mútua do sistema financeiro de Angola, por parte equipa do ESAAMLG- braço do GAFI, vai decorrer de 27 de Junho a 15 Julho, deste ano, com a vinda da comitiva agendada para esta quinta-feira, 23.
A mesma avaliação será de conformidade de eficácia, depois da disposição de diplomas legais e regulamentos que movimentam o sistema financeiro angolano.
Os resultados dos avaliados será conhecido no primeiro trimestre de 2023, numa plenária a ser realizada em Arusha, Tanzânia.