Angola exporta primeiros produtos alimentares para os EUA

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  • Luanda • Quinta, 21 Setembro de 2023 | 14h00
Navio contentorizado no Porto de Luanda (Foto ilustração)
Navio contentorizado no Porto de Luanda (Foto ilustração)
Rosário dos Santos

Viana – Vinte e três toneladas de produtos alimentares foram exportados por Angola, esta quinta-feira, pela primeira vez, para os Estados Unidos de América (EUA), no âmbito da Lei Americana do Crescimento e das Oportunidades para África (AGOA).

Os produtos foram exportados pela empresa angolana de processamento de alimentos Food Care entre os mesmos constam sacos de 23 quilogramas de fuba de bombó, fuba de milho, caixas de catato, de kisaca cozida, de cogumelos e de manteiga de amendoim.

Falando à imprensa, a ministra conselheira da Embaixada dos EUA em Angola e São Tomé e Príncipe, Mea Arnold, disse que a iniciativa, além de representar as vantagens do AGOA, é o resultado da parceria entre a empresa Food Care e Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

O AGOA dá aos países elegíveis da África Subsahariana acesso isento de direitos ao mercado dos Estados Unidos da América para mais de mil e 800 produtos agrícolas.

De acordo com Mea Arnold, o Governo dos EUA, através da USAID, está a ajudar os países da região Austral de África a obter vantagens da AGOA através de um programa regional no valor de 31 milhões de dólares para as empresas africanas como a Food Care, quer do ponto de vista financeiro, como de assistência técnica e apoio empresarial para acederem ao mercado americano.

Mea Arnold afirmou que o comércio entre Angola e os EUA é histórico e significativo, com exportações de um para outro país na base do petróleo bruto, diamante e gás, contrariamente aos de produção agrícola, daí a promoção da diversificação da economia através do comércio como sendo promissor. 

Por sua vez, a responsável da área de produção da Food Care, Eunice Pedro, frisou que todo o produto agrícola foi devidamente higienizado de acordo com os procedimentos relacionados com a segurança alimentar.

Ao encerrar o acto de apresentação dos produtos exportados, o chefe de Departamento de Promoção e Captação de Investimento da Agência para a Promoção de Investimento e Exportação (AIPEX), Bruno Baptista, afirmou que a sua instituição se sente orgulhosa com a primeira exportação de bens alimentares para o mercado americano.

Disse aguardar com expectativa por passos similares por parte de outras empresas e reiterou que a AIPEX vai continuar a apoiar as empresas nacionais a internacionalizarem os seus negócios, promovendo as exportações.

Encorajou as empresas nacionais a encontrarem mercados para vender os seus produtos, frisando que a agência vai apoiá-las na desburocratização de todo e qualquer processo que tenha a ver com a administração pública.

A fundadora da Food Care, Marlene José, disse que a sua empresa começou as actividades em 2019, e só em 2021 tomou contacto com informações sobre a exportação de produtos agrícolas nacionais.

Contou que a partir de 2022 obteve várias formações sobre a exportação de produtos, tendo adquirido conhecimentos sobre as práticas, recomendações e rigor no processamento de alimentos para outros mercados internacionais, sobretudo o norte-americano. AA/PA





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