Luanda – O país prevê receber um investimento de 71,51 mil milhões de dólares norte-americanos para as concessões petrolíferas, no período de 2023 a 2027, com vista à estabilização da produção nacional e ao alcance da auto-suficiência de refinados de petróleo em Angola.
Segundo o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, que falava esta segunda-feira, em Luanda, durante a primeira edição das “Conversas Economia 100 Makas”, com esse investimento, pretende-se a estabilizar os níveis de produção, mantendo-os acima de um milhão de barris/dia, até 2027.
Referiu que os objectivos do sector passam por impulsionar e intensificar a reposição de reservas, visando atenuar o declínio acentuado da produção de hidrocarbonetos.
Disse também que se prevê o desenvolvimento de campos petrolíferos, incluindo campos marginais e redesenvolvimento de campos maduros, bem como dar continuidade à estratégia de exploração de hidrocarbonetos de 2020-2025 e definir a estratégia para 2026-2030.
De acordo com o ministro, o sector vai prosseguir com a implementação da estratégia de atribuição de concessões petrolíferas de 2019-2025 e definir a nova estratégia para 2026-2030, bem como continuar com o Regime de Oferta Permanente.
Avançou ainda a pretensão de se concluir a elaboração do Plano Director do Gás e garantir o fornecimento de gás natural à indústria de fertilizantes, siderurgia e para produção de energia eléctrica.
Realçou que o sector quer melhorar a distribuição de combustíveis e lubrificantes em todo o território nacional, promover a coordenação da indústria e iniciativas de eficiência operacional.
Diamantino Azevedo reiterou também que o sector assegura a implementação do projecto de hidrogénio verde e a participação no processo de descarbonização nacional.
Acrescentou que pretende-se, igualmente, a contínua promoção do conteúdo local, o desenvolvimento do capital humano e as acções de responsabilidade social.
Lembrou que, em 2023, em termos de participação nas exportações, o sector petrolífero contribuiu com 94% , enquanto o sector mineiro com 4,26%.
Quanto à participação na receita fiscal, o sector petrolífero contribuiu com 59,6% e o mineiro com 0,64%.
Em relação à participação no Produto Interno Bruto (PIB), sublinhou que a contribuição petrolífera foi de 29,7% e o mineiro de 1,4%, mantendo-se como o motor para o desenvolvimento e diversificação da economia do país. HM/QCB