Luanda - A comissão mista Angola-Rússia discutiu, esta segunda-feira, os mecanismos de repatriamento dos dividendos da empresa russa, Alrosa, no quadro da sua participação na Sociedade Mineira de Catoca (SMC).
A Alrosa controla 32,8% da mina de diamantes da Catoca, mas está sob sanção internacional desde a invasão da Federação Russa à Ucrânia, factor que causou a interrupção jurídica desta companhia em Angola.
De acordo com o director do gabinete de intercâmbio do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleo e Gás ( MIREMPET), Luís António, a reunião serviu para as partes discutirem a continuidade e soluções de repatriamento dos dividendos cifrados em 185 milhões de dólares.
“As partes estão a analisar os melhores mecanismos para se efectivar o repatriamento dos dividendos, tendo em conta os regimes de sanções a que a empresa russa está submetida internacionalmente”, explicou.
Estes dividendos, esclarece o director do MIREMPET, são resultantes do exercício dos anos de 2021 e 2022, respectivamente, e correspondem a 100 e 85 milhões de dólares.
Segundo Luís António, durante as conversações em formato misto, presencial e virtual, foram apresentadas algumas propostas pelas partes, enquadradas sob a perspectiva das sanções, mas que não produziram resultados definitivos, sendo que outros encontros serão mantidos.
“Esta reunião não produziu resultados definitivos, pelo que os grupos técnicos vão continuar a manter encontros para se chegar a uma solução que satisfaça as duas partes, dentro da boa-fé de Angola”, asseverou o responsável.
Por outro lado, o director do intercâmbio, enfatizou que o importante é encontrar mecanismos para continuar a actividade diamantífera de Catoca, que é um dos maiores projectos do mundo em curso.“ A saída da Alrosa não implica qualquer constrangimento do projecto no andamento da exploração diamantífera", concluiu.
A reunião, segundo o responsável, abordou a continuidade da participação da empresa russa Alrosa na Sociedade Mineira de Catoca e também discutiu as modalidades de pagamento dos dividendos da Alrosa, concretamente dos dividendos dos anos 2021 e 2022.
As partes estão a analisar os melhores mecanismos para se efectivar esse repatriamento, tendo em conta os regimes de sanção a que a empresa está submetida internacionalmente.
O importante é encontrar mecanismos para continuar a actividade diamantífera de Catoca, porque este é um dos maiores projectos em curso, portanto, reforça o responsável, que a saída da Alrosa não implica qualquer constrangimento do projecto no andamento da exploração diamantífera.OPF/PPA