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Angola e Moçambique assinam acordo de assistência a empresários

     Economia              
  • Luanda • Sexta, 04 Agosto de 2023 | 16h16
Momentos da assinatura do acordo entre INAPEM (Angola) e IPEME (Moçambique)
Momentos da assinatura do acordo entre INAPEM (Angola) e IPEME (Moçambique)
Joaquina Bento-ANGOP

Luanda - Um protocolo de cooperação, no quadro do reforço das capacidades institucionais de assistência à classe empresarial, foi assinado, esta sexta-feira, pelo Instituto Nacional de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas (INAPEM) e o Instituto para Promoção das Pequenas e Médias Empresas de Moçambique (IPEME).

O acordo prevê, entre outros, o reforço das competências institucionais para proporcionar apoio às Micro Pequenas e Médias Empresas (MPME) nos vários domínios da sua actividade.

Da parte de Angola, assinou o presidente do Conselho de Administração do INAPEM (Angola), João Nkosi, e da parte de Moçambique, a directora geral do IPEME, Joaquina Gumeta.

No final do acto, o PCA do INAPEM informou que o instituto está, no âmbito de um compromisso que o Governo angolano assinou com o Banco Africano  de Desenvolvimento (BDA), a despoletar um processo que visa  permitir o desenvolvimento, em parceria com congéneres, de acções com visibilidade.

Neste acordo, disse o PCA, foram definidas também acções concretas como a possibilidade de capacitar os quadros do IPEME,  apoiar a actividade  de fomento empresarial, levar a experiência de Angola no âmbito da desburocratização e da certificação das micro pequenas e medias  empresas, à luz da lei (Lei 30/11).

A valorização das startups, que o INAPEM tem desenvolvido, bem como o Serviço Feito em Angola (SFA), que visa valorizar a produção nacional - um instrumento recentemente assumido publicamente que a partir do dia 01 do próximo mês, no âmbito da compra, as empresas deverão priorizar a produção nacional.

“Moçambique tem acções no sentido do processo da valorização da produção nacional que o INAPEM não gostaria de deixar essa iniciativa de fora”, disse o gestor, acrescentando que o acordo assinado hoje é fruto de um trabalho iniciado em 2020.

João Nkosi realçou que o presente protocolo abre portas para outros compromissos a nível da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), ou trabalhos que poderão culminar também com a assinatura de protocolos.

Por sua vez, a directora geral do IPEME de Moçambique, Joaquina Gumeta, disse que o protocolo constitui uma mais-valia porque 99 por cento da economia dos dois países são asseguradas pelas micro, pequenas e médias empresas.

Joaquina Gumeta considerou que uma das grandes similaridades entre os dois países consiste no facto de terem um número elevado de  negócios a serem desenvolvidos na base da informalidade.“ Então unimos sinergias para avaliar e saber de que forma podemos diminuir a informalidade”, concluiu.

“Podemos usar sinergias, relativamente à legislação sobre as micro e pequenas e medias empresas, já que Angola já tem uma Lei sobre isso, e Moçambique estar a trabalhar para o mesmo caminho”, avançou.

Sobre as relações entre os dois povos e governos, a directora do IPEME de excelentes, carecendo elevar as relações económicas e comerciais ao nível das relações políticas e diplomáticas.

As relações entre Angola e Moçambique estão alicerçadas nos laços históricos de amizade, fraternidade e de solidariedade, forjadas durante a luta contra o colonialismo português, que culminou com a Proclamação da Independência Nacional de Moçambique, a 25 de Junho de 1975 e de Angola a 11 de Novembro do mesmo ano.

Foi nestas circunstâncias que os dois países declararam o seu reconhecimento mútuo como Estados soberanos. JAM/PPA

 





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