Luanda - A avaliação pós-financiamento à Angola, para aferir eventuais riscos associados à economia angolana face ao contexto internacional, realizada esta semana, pela equipa económica do Governo e o Fundo Monetário Internacional (FMI), marcou o noticiário económico da semana, divulgado pela ANGOP.
A reunião técnica, procurou de forma preliminar discutir e perceber das autoridades angolanas as preocupações, prioridades, a importância do Plano Desenvolvimento Nacional (PDN), da diversificação da economia e como proteger a mesma de eventuais choques externos, como por exemplo, uma queda do preço do barril de petróleo no mercado internacional.
Constituiu também facto noticioso relevante, a assinatura de um memorando de entendimento entre o Fundo de Garantia e Crédito (FGC) e a Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA), para emissão de garantia pública no valor equivalente em kwanzas a cinco milhões de dólares.
O memorando vai permitir a criação de condições para as empresas obterem financiamento dos seus projectos por via do mercado de capitais e propõem-se contribuir para o desenvolvimento e promoção de soluções financeiras, alinhadas com as necessidades específicas das Pequenas e Médias Empresas.
Foi ainda destaque, o anúncio da implementação da segunda fase do Programa de Reconversão da Economia Informal (PREI) para o período 2023-2027, em Angola, prevista para dentro de um mês e meio, com vista a alcançar mais operadores para o circuito formal.
A 9ª edição do fórum de debate Café – CIPRA, mereceu, igualmente, realce esta semana, no qual, a AIPEX revelou a captação de 11 mil milhões de dólares de investimentos privado para o país, através dos 581 projectos de investimento submetidos à instituição, que resultou na criação de 12 mil postos de emprego desde 2018.
No mesmo evento, o ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João disse que o Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (Prodesi) criou 75 mil empregos), desde a sua reestruturação em 2019.
Outrossim, foi destaque a nota positiva que o sector financeiro bancário angolano obteve, na componente da conformidade técnica, do Grupo de Combate ao Branqueamento de Capitais dos Países da África Austral e Oriental (ESAAMLG), uma instituição do GAFI- Grupo de Acção Financeira Internacional.
A revelação de que o Tesouro angolano recebe directamente 10% do dinheiro do Programa de Privatizações (PROPRIV) é outro facto noticioso relevante publicado no canal de economia, durante a semana.
O valor transferido para a Conta Única do Tesouro (CUT), decorrente das privatizações de activos e participações do Estado, é de 59,9 mil milhões de kwanzas, cerca de 10% dos 568,7 mil milhões encaixados até ao momento com a venda de empresas e participações do Estado no âmbito do PROPRIV.
Outra notícia importante publicada durante a semana foi a intenção manifestada pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) em apoiar a implementação do Programa de Fomento da Produção de Grãos - “PLANAGRÃO”, com a disponibilização de recursos financeiros e conhecimento técnico.
Nos últimos sete dias, a divisão económica da ANGOP destacou o anúncio, segundo o qual, a primeira produção petrolífera marítima na Bacia do Kwanza arranca em 2026.
A primeira produção comercial de petróleo nos Blocos 20 e 21 da Bacia do Kwanza está prevista entre finais de 2026 e início de 2027, após o acordo princípio assinado esta semana, entre a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), a TotalEnergies Angola e a Sonangol.
O Acordo assinado vai permitir viabilizar este primeiro projecto de desenvolvimento na Bacia do Kwanza, depois das descobertas feitas há 10 anos pelo grupo empreiteiro Cobalt, que acabou por desistir do processo de desenvolvimento tendo repassado à Sonangol,esta por sua, à TotalEnergies. OPF/PPA
