Luanda – Angola e China confirmaram, esta sexta-feira, a realização de um fórum público-privado, entre Abril e Julho de 2023.
A iniciativa manifesta hoje pelo ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, vai envolver empresas chinesas que operam e também que não operam em Angola mas que pretendam investir no país.
Segundo o ministro, que falava no final de um encontro com o embaixador chinês, Gong Tao, se pretende com a classe empresarial chinesa “arregaçar as mangas e desbloquear o potencial que o tem país”.
Angola isenta de taxas aduaneiras
Por outro lado, o conselheiro económico e comercial da embaixada em Angola, Lu Yuzhong, em representação do embaixador chinês em Angola, disse que o seu país precisa de mais produtos de Angola, razão pela qual isentou as exportações angolanas de direitos e taxas aduaneiras.
Nessa altura, segundo o conselheiro, Angola já exporta para a China, além de minerais e petróleo, cerveja, sumos e café, produtos já conhecidos pelo consumidor chinês.
“Angola já exporta cerveja, sumos e café para a China, mas precisam de mais produtos, pois as quantidades são poucas”, sublinhou o diplomata.
Sobre esta matéria, o ministro angolano afirmou que a isenção é uma oferta de entrada livre de direitos e quotas de produtos angolanos para a China.
Para tal, disse, o Governo trabalhará com os empresários nacionais para ver produtos e quantidades aptas a entrarem no mercado chinês.
Além da oferta livre de direitos e de taxas, explicou o responsável angolano, existem algumas medidas sanitárias e barreiras técnicas que devem ser observadas.
Sublinhou que na reunião ficou acordado que a oferta da China para entrada livre de direitos e taxas para produtos angolanos deve ser bem aproveitada.
Desde 2007, Angola tornou-se no maior parceiro comercial da China em África, com um volume de negócios avaliado em 24,8 mil milhões de dólares norte-americanos, só em 2010.
O gigante asiático comprou, entre Janeiro e Junho de 2022, mercadorias no valor de 9,9 mil milhões USD, o equivalente a 47,8% do total das exportações nacionais para o resto do mundo.