Luanda -Angola dispõe de um plano de acção institucional para fazer face à inserção na lista de monitorização do Grupo de Acção Financeira (GAFI), informou esta quarta-feira, em Luanda, o director-geral da Unidade de Informação Financeira (UIF), Gilberto Capessa.
O responsável falava à imprensa no final da reunião do Comité de Supervisão e Coordenação do Sistema Nacional de Prevenção e Combate ao Branqueamento de Capitais e Financiamento ao Terrorismo.
Sublinhou que Angola não regressou à lista cinzenta do GAFI, como se tem dito nos últimos tempos.
O director da UIF fez saber que o referido plano de acção prevê a realização de exercícios de avaliação de risco nacional e sectoriais, reforço da capacidade técnico-profissional dos quadros angolanos e o robustecimento do quadro legislativo vigente em matérias de prevenção e combate ao branqueamento de capitais, ao financiamento do terrorismo, ao financiamento da proliferação de armas de destruição em massa e demais criminalidade transnacional organizada.
"O que se passou é que Angola está numa lista de monitorização reforçada, que é diferente da lista cinzenta”, frisou, salientando que o GAFI avaliou o país olhando para duas componentes.
Referiu-se à conformidade técnica voltada para o quadro legislativo e à eficácia.
Segundo Gilberto Capessa, nesta avaliação, o GAFI observou se Angola tem um quadro legislativo para a prevenção e combate ao branqueamento de capitais, financiamento ao terrorismo e a proliferação de armas.
A apreciação foi feita no sentido de “ver se o quadro desenhado foi implementado e se está a produzir os resultados que se esperavam”, referiu.
Questionado sobre sanções para um o país que consta da lista de monitorização, fez saber que não haverá nenhuma consequência financeira para Angola.
O responsável lembrou que o país tinha um conjunto de 87 insuficiências, melhorou 70 e restaram 17, das quais cerca de 50% a 60% já está em progresso.
A reunião do comité de supervisão foi orientada pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, e analisou a deliberação do GAFI relativa ao processo de avaliação mútua de Angola, assim como o seu plano e a acção das instituições nacionais que visa colmatar as 17 deficiências restantes.
O Estado angolano reiterou, recentemente, junto do GAFI o seu firme compromisso na edificação de um sistema eficaz de prevenção e combate ao branqueamento de capitais, financiamento do terrorismo e proliferação de armas de destruição em massa, bem como de quaisquer outras formas de criminalidade organizada transnacional. HM/VC