Luanda – O docente universitário Carlos Pacatolo augura que Angola tire maior proveito da exposição do Corredor do Lobito ao assumir, este mês, a presidência rotativa, por um ano, da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Para a tomada de posse de Angola, o docente universitário espera que o país ao assumir a presidência, dê força e amostra de vitalidade do Corredor do Lobito, que considera um “gigante” da economia que pode impulsionar a Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA) e fomentar o turismo infra-continental.
Carlos Pacatolo falava à televisão Girassol, a propósito da 43ª Cimeira de Chefes de Estados e de Governos da SADC, a decorrer de 7 a 17 deste mês em Luanda.
Para o docente, o Corredor do Lobito deve ser bem explorado, até a exaustão, quer a sua infra-estrutura ferrovia e portuária, quer a sua estrutura logística, acrescida a melhoria das estradas e outras por serem construídas ao longo da sua faixa.
Com essa toda infra-estrutura ligada aos transportes e logística, com a diplomacia económica e política que Angola possa exercer, acredita que o Corredor do Lobito concorrerá para o engrandecimento dos angolanos e de outros países que poderão tirar proveito das oportunidades que o mesmo oferece, com destaque para o comércio, transporte e mobilidade de mercadorias e pessoas.
Ao nível dos serviços, considera que o mesmo Corredor traz oportunidades para uma maior exploração do turismo infra-continental, o que pode tornar possível as transacções na Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA), que está a ser impulsionada pelo continente.
“Não se pode tirar todas as vantagens de uma Zona de Comércio Livre sem que a infra-estrutura de transporte esteja altura de aproveitar essa oportunidade”, observou.
O lema escolhido da Cimeira “ Capital Humano e Capital Financeiro, os Principais Motores da Industrialização Sustentável da Região da SADC”, para o docente é um tema feliz, por dar maior atenção na formação do capital humano, bem como a atracção de financiamento, duas alavancas que para si tornam possível a industrialização.
“Aqui não se fala de uma industrialização qualquer. È uma industrialização que se quer sustentável e Angola, como sendo país da região rica em recursos minerais, claramente, tem de primar por uma exploração sustentável”, sublinhou.
Com a diversificação da economia em curso, diz ser possível crescer mais rápido e crescer mais rápido é possível ir de encontro com a ânsia e a expectativa da juventude dos países africanos que muito clama por uma oportunidade de emprego para a realização dos seus sonhos.
A Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) é uma organização inter-governamental criada em 1992 e dedicada à cooperação e integração socio-económica, bem como à cooperação em matérias de política e segurança.
Integram a organização Angola, Botswana, Comores, República Democrática do Congo, Eswatini, Lesoto, Madagáscar, Malawi, Maurícias, Moçambique, Namíbia, Seychelles, África do Sul, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe.
A organização tem entre os seus objectivos a promoção do crescimento e desenvolvimento económico, a redução da pobreza, a paz e a segurança, o desenvolvimento sustentável, a consolidação das afinidades culturais, históricas e sociais. NE