Huambo –Angola poderá ser auto-suficiente na produção de vacina animal, a partir de 2027, data prevista para conclusão da fábrica na província do Huambo, afirmou, esta quinta-feira, o ministro da Agricultura e Florestas, António Francisco de Assis.
O governante falava à imprensa depois de inteirar-se das obras da fábrica, em construção no bairro Santo António, periferia da cidade do Huambo, numa área de 20 mil 831 metros quadrados, na presença da governadora da província, Lotti Nolika.
A obra, cujo término está previsto para 2027, poderá produzir 181 milhões 200 mil doses de vacinas para mamíferos e aves, anualmente, bem como nove milhões 384 mil unidades de reagentes de diagnóstico diversos.
Na ocasião, o ministro referiu que a fábrica foi definida para uma produção anual de 30 milhões 600 mil doses de vacinas para mamíferos e 150 milhões 600 mil para aves.
Com esta capacidade, segundo o António Francisco de Assis, Angola pode torna-se auto-suficiente na produção de vacina animal, dando um salto qualitativo em termos de desenvolvimento.
Disse tratar-se de uma fábrica de dimensão internacional, na qual o Governo angolano poderá trabalhar para que, depois de satisfazer as necessidades internas, atender outros países africanos,pois terá capacidade tecnológica para o efeito.
Sem detalhar a percentagem do nível de execução física da obra, o governante mostrou-se satisfeito com o andamento da obra, que será operado em diversas vertentes por jovens angolanos, tendo deixado no local novas orientações, para o cumprimento dos prazos contratuais.
Atenção aos fertilizantes
Noutra vertente, o ministro António Francisco de Assis disse que o Governo angolano está atento às dificuldades dos camponeses no acesso aos fertilizantes, facto que o país ainda está sujeito, por não possuir uma fábrica desta natureza.
Referiu que tal dificuldade será resolvida depois da conclusão do projecto da construção da fábrica de fertilizantes no município do Soyo, província do Zaire, que vai produzir quantidades diversas para o aumento da produção.
Disse que existem contactos com parceiros internacionais para a instalação de empresas de fertilizantes no país, para facilitar o crescimento da agricultura.
O governante salientou que Angola não tem outro caminho para resolver as consequências da falta de produção alimentar, a não se apostar na agricultura familiar, por ser a via mais eficaz para o abastecimento de quantidades suficientes de arroz, óleo alimentar, açúcar, farinha e outros produtos essenciais.
No Huambo desde quarta-feira, para uma agenda de trabalho de quatro dias, o governante prevê, na sexta-feira, relançar a produção do trigo nesta região do país, e, no sábado, se deslocar à comuna da Calenga, município da Caála, para o lançamento do plano de apoio aos operadores do comércio. ZZN/ALH