Luanda - O ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, considerou, nesta sexta-feira, que Angola deu "saltos" muito importantes,nos últimos cinco anos, que contribuíram para o alcance do equilíbrio macroeconômico e melhorias do funcionamento do sistema financeiro angolano, com realce para o mercado cambial.
Os ganhos registados, nos mais variados domínios, para Nunes Junior já começam a ter reflexos positivos na economia real, isto é,na produção de bens e serviços, depois da saída de Angola, em 2021, da recessão económico em que esteve "mergulhada" durante cinco anos.
Um dos passos dados importantes, de acordo com Nunes Júnior que falava na abertura da 56ª Reunião do Comité dos Governadores dos Bancos Centrais (CCBG) da SADC, foi a decisão tomada pelo Executivo em assegurar a autonomia e independência do Banco Nacional de Angola,no quadro do processo de revisão pontual da Lei Constitucional que ocorreu em 2021.
Segundo Nunes Júnior, Angola tem hoje um Banco Central independente, cuja missão principal é a preservação da moeda nacional,sendo portanto a autoridade monetária, cambial e macroprudencial e de resolução do país.
No quadro das melhorias observadas, o governante enaltece o papel que os Bancos Centrais desempenham na economia dos países, sendo veículos de de grande importância na adopção de políticas monetárias e outras actividades especificas.
Por isso, defendeu um sistema bancário seguro e eficiente, para que as economias dos países se desenvolvam de forma sustentável e próspera.
Para o governante, os temas agendados neste encontro vão fortalecer a situação económica regional, que se afigura essencial para o desenvolvimento dos países a nível da região.
Neste encontro está em discussão e análise, a questão do repatriamento de notas e moedas metálicas, impacto dos controlos cambiais sobre os fluxos transfronteiriços de mercadorias, serviços e capitais, bem como o intercâmbio na capacitação de quadros.
"Efeitos e decisões que serão tomadas nesta reunião vão estender-se aos cidadãos e aos povos dos nossos países, pós os produtos monetária e financeiros têm uma grande influência na economia real, criação de emprego e rendimento das pessoas e no bem-estar", antevê o governante.
Desta iniciativa do Comité dos Governadores dos Bancos Centrais da SADC, perspectiva-se, igualmente, a criação de uma base de dados de estatísticas monetárias e financeiras, um banco de informação sobre as estruturas e políticas dos bancos centrais e dos mercados financeiros nos países da SADC.
Criado em 1995, o Comité dos Governadores dos Bancos Centrais da SADC é uma estrutura especializada na promoção de uma estreita cooperação entre os Bancos Centrais da África Austral, considerando o seu papel fundamental na promoção do desenvolvimento económico e financeiro através da adopção de políticas que reforçam a estabilidade macroeconómica e financeira.
Além de Angola, integram a SADC, o Botswana, Lesoto, Namíbia, África do Sul, Zimbábue, Moçambique, Madagáscar, Maláui, Maurícias, Tanzânia, Zâmbia, Seychelles, República Democrática do Congo e Suazilândia.NE