Luanda – A representante permanente de Angola junto das Nações Unidas, Margarida Izata, confirmou, quarta-feira (17), em Genebra, Suíça, que o país concorda com a avaliação da China sobre as recentes ameaças ao comércio mundial.
Essas ameaças têm a ver com o aumento do unilateralismo, proteccionismo e os desafios enfrentados pela fragmentação económica, segundo uma nota de imprensa a que a ANGOP teve acesso esta quinta-feira.
De acordo com o documento, a diplomata angolana falava durante a 9ª revisão da política e práticas comerciais da China, que decorre de 17 a 19 deste mês, na sede da Organização Mundial do Comércio (OMC), na Suíça.
Na ocasião, a embaixadora afirmou que Angola partilha as preocupações da China sobre a politização do comércio internacional e o aumento do uso de medidas proteccionistas unilaterais sob o disfarce de estratégias de segurança nacional.
Conforme a nota, Angola vai acompanhar de perto as iniciativas da China, tais como a iniciativa de desenvolvimento global, segurança global e a de civilização global, ao mesmo tempo que espera que elas contribuam para a construção de uma nova ordem multilateral internacional, criando simultaneamente melhores oportunidades de inclusão para os países em desenvolvimento.
Nesse contexto, Margarida Izata disse que Angola congratula-se pelo facto de ter encontrado no relatório oficial da China um compromisso claro para com a OMC, como uma importante plataforma para a governação económica global.
Para tal, reconheceu que a República Popular da China considera o restabelecimento do órgão de recurso como a principal prioridade da OMC e contribuiu, significativamente, para a obtenção de um consenso sobre a necessidade de um sistema de resolução de litígios plenamente funcional e acessível a todos os membros, até 2024.
Por outro lado, a representante permanente de Angola junto das Nações Unidas e de outras Organizações Internacionais em Genebra sublinhou que a economia da China tem demonstrado uma forte recuperação da crise global, causada pela pandemia, e continua a ser um dos principais motores do crescimento económico mundial.
“Os números que vimos em ambos os relatórios não mentem. As exportações e importações da China desempenharam um papel significativo na estabilização e recuperação do comércio internacional”, lê-se no comunicado.
Porém, a embaixadora angolana lamentou pelo facto das exportações chinesas para África representaram apenas 5% do total, enquanto as importações representaram 4,3%. EH/QCB