Dundo - O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, afirmou esta sexta-feira, no Dundo, província da Lunda-Norte, que Angola está focada na descarbonização da sua matriz energética, com forte investimento na produção de energia renovável e com menos impacto económico.
De acordo com João Borges, que falava na cerimónia de inauguração da barragem hidroeléctrica do Luachimo, com capacidade instalada de 34 megawatts, os investimentos que o Executivo tem feito no sector visam o alcance da transição energética, no quarto do Plano de Desenvolvimento 20-27 e da estratégia Angola 20-50.
Sublinhou que a introdução de 34 megawatts de energia renovável na barragem do Luachimo, juntando ao parque solar que recentemente foi inaugurado, em Saurimo, na Lunda-Sul e às outras, que em breve estarão concluídas no Lucapa (Lunda-Norte) e no Luena (Moxico), encorajam o Executivo a manter o seu foco na transição energética.
Realçou que a hidroeléctrica do Luachimo não é uma obra isolada, circunscreve um conjunto de outros projectos, um dos quais é a reabilitação dos 86 quilómetros da linha de distribuição que vai até ao Nzangi e a instalação de 15 parques solares, um dos quais já em curso na vila mineira de Cafunfu, município do Cuango.
Disse que os parques solares serão igualmente instalados nos municípios de Cambulo, Xá-muteba, Caungula, Capenda Camulemba, Lubalo, Cuilo , Lóvua e nas comunas de Camaxilo, Canzar, Xinge e Capaia.
No tota,l serão instalados 256 megawatts de energia eléctrica, para beneficiar mais de 350 mil pessoas até 2027.
O Governo pretende, com estes investimentos, electrificar mais de 40 por cento do território da Lunda-Norte e potenciar a actividade econômica.
Metas
No âmbito do Plano de Acção do Sector de Energia 2023 - 2027, alinhado com a Agenda de Longo Prazo 2050, que prevê a continuidade da diversificação do mix energético de forma a incorporar, pelo menos, 72% de energias renováveis, Angola pretende atingir a taxa de electrificação de 50%.
Actualmente, a taxa de electrificação em Angola é de 43 por cento.
Segundo o ministro, até 2027 prevê-se um milhão e 250 mil novas ligações domiciares. HD