Angola com “enormes” desafios pela frente - BNA

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  • Luanda • Sexta, 14 Outubro de 2022 | 08h58
Governador do Banco Nacional de Angola, José de Lima Massano
Governador do Banco Nacional de Angola, José de Lima Massano
Nelson Malamba

Washington DC (Do Enviado Especial) - O governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano, alertou, quinta-feira (13), em Washington DC, que, apesar do excelente trabalho efectuado pelo Executivo, Angola ainda tem grandes desafios pela frente.

O responsável, que falava no final de uma maratona de três fóruns com o Citigroup, Standard Chartered Bank e o  Banco Barclays, no âmbito das “Reuniões Anuais” do Banco  Mundial (BM) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), que decorre na capital norte-americana, afirmou que o país está numa fase interessante, com a recuperação do crescimento económico, redução da inflação e a estabilidade do mercado cambial.

“Mas ainda assim estamos num contexto de grandes desafios e as preocupações se prendem com o contexto internacional”, reforçou.

De acordo com José Massano, na interacção com os investidores e com as organizações multilaterais a preocupação maior é a alta generalizada dos preços, subidas de taxas de juros e uma perspectiva de crescimento mais lento a nível da economia mundial, impactando, sem dúvida, na economia angolana.

“O petróleo, maior produto de exportação de Angola, será afectado na eventualidade de um abrandamento económico”, apontou.

O governador do BNA reafirmou a necessidade de o Executivo angolano continuar a trabalhar na estabilização macro-económica, buscar a todo custo o crescimento da economia de forma sustentada, imprimir firmeza nas reformas e na melhoria do ambiente de negócios. “Não é permitido abrandar, porque o futuro é de incerteza para os países desenvolvidos e subdesenvolvidos”, disse.

Por outro lado, considerou fundamental que o país reduza as importações de bens alimentares, apesar da melhoria, afirmando que até 2017 Angola importava cerca de 250 milhões de dólares mês em bens alimentares, contra 200 milhões que se registam actualmente.

Para o governador do BNA, o país deve usar as potencialidades e meios disponíveis para acelerar os programas e dar sustentabilidade ao desenvolvimento e bem-estar aos angolanos.

 

 



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