Angola tem 11 milhões de usuários de serviços de internet

     Economia           
  • Luanda     Quinta, 22 Fevereiro De 2024    18h50  
Antenas de Comunicação (Foto ilustração)
Antenas de Comunicação (Foto ilustração)
Belarmina Paulino

Talatona – Angola conta com 11 milhões de usuários de internet, o que representa uma taxa de penetração de 33 por cento da população angolana, segundo o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira.

Ao discursar no primeiro Fórum de Governança da Internet em Angola, realizado esta quinta-feira, em Luanda, o governante destacou que o uso das redes sociais também regista um crescimento notável, com 3.45 milhões de usuários de redes sociais, equivalentes a cerca de 20% da população adulta.

Apesar dessa evolução, apontou ainda como os desafios do sector, o aumento da malha das redes de Banda Larga e outras infra-estruturas de apoio de última milha, bem como a redução da disparidade digital entre áreas urbanas e as áreas rurais e a promoção da alfabetização digital para todos os angolanos.

Para colmatar esses desafios, Mário Oliveira disse que o sector tem trabalhado na implementação de projectos com foco na redução da info-exclusão digital, mediante o aproveitamento e uso das mais modernas tecnologias, assim como seguir a trilha para modernização e digitalização do tecido económico.

Conforme  o ministro, a promoção da inclusão digital e o acesso às tecnologias de informação e comunicação para todos os angolanos, com particular destaque para as regiões rurais, permite ter uma sociedade mais equitativa, inovadora e próspera.

Para alem de fornecer o acesso à internet, referiu que a inclusão digital também garante que cada angolano tenha as habilidades necessárias para utilizar plenamente as tecnologias de informação e comunicação, colocando estas práticas ao serviço da sociedade e do desenvolvimento do país.

Segundo o ministro, essas iniciativas representam a espinha dorsal dos esforços do Executivo angolano para democratizar o acesso à informação e ao conhecimento, garantindo que a tecnologia seja um motor de inclusão social e económica.

Apontou o Programa Espacial Nacional como uma das amostras do desenvolvimento tecnológico do país, com destaque para o ANGOSAT-2, uma infra-estrutura que tem apoiado os operadores de telecomunicações a proporcionarem um serviço de transmissão de qualidade nas comunicações via satélite.

Referiu que as aplicações espaciais já têm dado um contributo em alguns sectores da economia nacional, nomeadamente no sector dos petróleos e gás, recursos minerais, entre outros.

“O projecto ANGOSAT-2 tem beneficiado comunidades em áreas específicas, como as províncias de Luanda, Cuando Cubango, Bié, Lunda Norte e Lunda Sul, que já têm beneficiado dos serviços deste satélite”, recordou.

Destacou ainda que a iniciativa “Internet nas escolas”, por via do projecto “Ngola Digital”, bem como a expansão de rede de dados de fibra óptica e o projecto de interligação de fibra óptica entre Angola, República Democrática do Congo, Zâmbia e Namíbia como partes das iniciativas mais amplas para melhorar a infra-estrutura de telecomunicações e aumentar a conectividade na região da África Austral.

De acordo com o governante, a era digital trouxe um fluxo ininterrupto de partilha de informações, tornando-se fundamental que se crie pressupostos para o desencorajamento da partilha de dados e informações falsas.

Lembrou que a disseminação de informações falsas distorce a realidade dos factos e ameaça a integridade das instituições e do tecido social.

Por isso, apelou aos participantes do Fórum sobre Governança da Internet a traçarem também estratégias eficazes, para combater as chamadas ‘Fake News’ e a desinformação, provendo ao mesmo tempo a liberdade de expressão e o acesso à informação verídica e confiável.

Sob o lema ‘Promover a harmonia digital e responsabilidade online’, o primeiro Fórum de Governança da Internet em Angola reflectiu em torno do processo de estabelecimento de regras, regulamentações, políticas e princípios que orientam o uso, desenvolvimento e administração da internet à escala global, regional e nacional.

Promovido pelo Instituto Nacional de Fomento da Sociedade de Informação (INFOSI), o evento abordou também temas como ‘Importância da internet na sociedade moderna e a promoção do uso responsável e inclusivo desta plataforma’, ‘Regulação e cooperação na governança da internet’. ‘Estratégias de marketing digital’, entre outros. GIZ/QCB

 





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