Luanda – Uma delegação multissectorial do Governo angolano desloca-se, esta terça-feira, a Lagos, Nigéria, com vista a explorar oportunidades de parceria público-privada nos domínios da indústria petroquímica, agricultura, biofertilizantes, refinação de petróleo e de açúcar.
A deslocação da delegação angolana no território da Nigéria é uma resposta às propostas formuladas pelo magnata africano e presidente do grupo empresarial “Dangote Industries”, Aliko Dangote, em Novembro último, ao Presidente angolano, João Lourenço, à margem de uma audiência, em Luanda.
Segundo uma nota da Embaixada de Angola na Nigéria, Benin, Níger e Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a comitiva integra os ministros da Indústria e Comércio, Rui Miguêns, e da Agricultura e Florestas, Isaac dos Anjos.
Fazem, igualmente, parte da delegação o secretário de Estado dos Petróleos, José Barroso, os presidentes do Conselho de Administração da Sonangol, Sebastião Gaspar Martins, da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, Paulino Jerónimo, e o director-geral do Instituto Regulador dos Derivados de Petróleo, Luís Fernandes.
No final da visita, prevê-se a assinatura de um Memorando de Entendimento, como primeiro passo para viabilizar os investimentos do magnata nigeriano em Angola.
O empresário nigeriano quer formalizar a sua participação na construção da Refinaria do Lobito, no quadro dos investimentos do Corredor do Lobito, a aquisição directa e exploração de blocos de petróleo no onshore e offshore angolano, bem como a aquisição ou gestão de fábricas de cimento, lê-se no documento.
As intenções de Aliko Dangote são extensivas à implantação de projectos integrados de produção de cana-de-açucar e sua refinação, bem como a abertura de uma subsidiária do Grupo Dangote Industries em Angola, para conformar os seus investimentos em vários segmentos. ACC/QCB