Benguela - Angola está a avançar na sua meta de atingir 73% de energia proveniente de fontes renováveis até 2027, com o apoio técnico e financeiro dos Estados Unidos e outras parcerias internacionais, afirmou esta quarta-feira, em Benguela, o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges.
A informação foi prestada à imprensa antes do início da Cimeira Multilateral sobre o Corredor do Lobito, que se realiza hoje, na cidade de Benguela, com a presença dos presidentes de Angola, João Lourenço, e dos Estados Unidos da América, Joe Biden.
O fórum conta igualmente com as participações dos chefes de Estado da Zâmbia, Hakainde Hichilema, da República Democrática do Congo (RDC), Félix Tchissekedi, e do vice-presidente da Tanzânia, Philip Mpango.
De acordo com João Baptista Borges, que integra a delegação angolana ao encontro, o objectivo consta do plano de acção do sector energético 2023-2027, que busca diversificar as fontes de energia do país, com foco na energia solar, hídrica, eólica e biomassa, aproveitando o grande potencial de Angola neste domínio.
O governante considerou os Estados Unidos um parceiro importante no processo de transição energética de Angola, na medida em que estão a financiar importantes projectos no domínio da produção e distribuição de energia renovada.
Dos referidos projectos, citou a construção de dois importantes parques solares, sendo um na província de Malanje e outro em Luanda, na região de Catete, que vão adicionar mais 500 megawatts de energia solar na matriz energética do país.
Outro projecto com cerca de 320 megawatts, de acordo com o ministro, será instalado em quatro províncias do sul do país com componentes de redes de distribuição e também com baterias, que vão abranger zonas recônditas, onde actualmente ainda se utiliza combustíveis fósseis.
Fez saber que actualmente os Estados Unidos financiaram já cerca de 2.4 biliões de dólares, que é integrado nos pacotes para produção de energia como acumulação em baterias, produção de energia renovável, rede de distribuição e linhas de transmissão.
Na cimeira, que termina hoje, os chefes de Estado vão analisar questões relacionadas com desenvolvimento e expansão do Corredor do Lobito, além de assuntos relevantes ao reforço da segurança climática e a transição para energias renováveis. AFL/VC