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Angola aumenta exportação de gás para Europa

     Economia              
  • Luanda • Quinta, 14 Abril de 2022 | 23h35
Sistema de produção de gás no  projecto Angola LNG, municipio do Soyo
Sistema de produção de gás no projecto Angola LNG, municipio do Soyo
Manuel Zamba - ANGOP

Luanda- Angola aumentou, nos últimos meses, a exportação de Gás Natural Liquefeito para França, Espanha, Bélgica, Itália, Polónia, Reino Unido e Portugal (Europa), produzidos a partir da fábrica Angola LNG, instalada no município do Soyo, Zaire.

Segundo dados, em produção plena, podem ser exportados da sua fábrica até 70 carregamentos de LNG por ano.   

A multinacional conta com uma frota de sete navios, com capacidade de transportar mais de 160 mil metros cúbicos de Gás Natural Liquefeito e 44 mil toneladas métricas de propano, sendo que a China, a Índia e alguns países europeus são as principais receptoras do produto.

Quanto à maior fracção produzida de Gás Natural Liquefeito (LNG), a empresa conta com dois tanques de armazenamento, com capacidade de 159 mil metros cúbicos.  

A Angola LNG tem capacidade diária para abastecer dois navios, uma vez que dispõe de três fortes sistemas de abastecimento (Docas).  

De acordo com os dados, a Índia lidera lista de compradores de LNG, com cerca de 32 por cento das importações, correspondente a um volume de 869,83 mil toneladas métricas (TM) de gás natural liquefeito (LNG). Foi a  maior compradora do produto de Angola no segundo trimestre de 2021. 

Com produtos vendidos ao preço médio de 502,143 dólares norte-americanos por tonelada, o LNG registou receitas de 436,78 milhões dólares norte-americanos, de acordo com dados oficiais do Governo angolano.

O Gás Natural Liquefeito teve ainda como destino a China, com 14,77 por cento, e o Paquistão, com 14,65 por cento. No total, foram exportados cerca de 1,17 milhões de toneladas métricas, no segundo trimestre de 2021, dos quais 74,59 por cento da LNG.  

Do volume total exportado, registaram-se receitas de 573,98 dólares norte-americanos. 

Depois do LNG, segue-se o gás propano, cujas exportações foram de 193,78 mil toneladas métricas, tendo como principais destinos a China, com 28,57 por cento, ao preço médio de 433,14 dólares norte-americanos por tonelada. 

Do volume total de gás exportado constam também 34,40 mil toneladas métricas de gás butano para a China (99,20 por cento), no valor de 507,83 dólares norte-americanos por tonelada, neste período. 

Em relação aos condensados, num preço médio ponderado de 525 dólares norte-americanos por tonelada, foram exportados 68 mil e 59 toneladas métricas, sendo que em África, a República do Congo foi o único país que importou gás de Angola, com 0,8% do total de gás Butano.  

A informação foi prestada, quarta-feira, pelo director Executivo do Angola LNG, Amadeu de Azevedo, durante a visita de auscultação da presidente do Tribunal de Contas, Exalgina Gamboa, sem, entanto, dar dados sobre o volume exportado no período em referência.

De acordo com o responsável, o principal mercado de exportação do Gás Natural Liquefeito continua a ser o Médio Oriente.

"Mas, desde o terceiro trimestre do ano passado que  aumentou a entrega do produto para o mercado europeu”, disse o gestor citado pela Rádio Nacional de Angola.

Amadeu de Azevedo informou, igualmente, que desde o inicio da produção, em 2013, até 2021, foram exportados 325 carregamentos de Gás Natural Liquefeito e 69 carregamentos de Gás Butano.

A unidade resultou de uma parceria entre a petrolífera nacional Sonangol, Chevron, BP, ENI e a TOTAL, num investimento na ordem de mais de 10 mil milhões de dólares norte-americanos, com capacidade concebida para a produção de 1,1 mil milhões de pés cúbicos de gás natural/dia.  

 



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