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Angola apresenta oportunidades agro-industriais em Macau

     Economia              
  • Luanda • Sábado, 05 Dezembro de 2020 | 10h02
Produção de hortícolas
Produção de hortícolas
Pedro Vidal/Arquivo

Macau – A Agência de Investimento Privado e Exportações (AIPEX) apresentou, na sexta-feira, em Macau (China), as suas necessidades para os sectores de produção agrícola e agro-industrial, no âmbito da diversificação da economia nacional.

A AIPEX exibiu um vídeo ilustrando o novo ambiente de negócios e as oportunidades disponíveis no país durante 11º Fórum Internacional de Investimento e Construção de Infra-estruturas, em Macau.

O vídeo da AIPEX realça o conjunto de novas medidas estruturais e legais que tornam o processo de investimento privado em Angola menos burocrático, oferecem incentivos, garantias e protecção ao investidor em termos de concorrência e de repatriamento de dividendos.

Durante o fórum, o embaixador João Salvador dos Santos Neto manteve encontros separados com alguns investidores, tendo-os informado sobre o interesse de Angola na exploração sustentável das suas terras aráveis, dos recursos pesqueiros e minerais para o desenvolvimento sustentável do país. 

Em relação as necessidades e oportunidades no sector agro-industrial, o diplomata sugeriu a construção de fábricas de fertilizantes, insecticidas, máquinas e insumos agrícolas, assim como à aquisição de fazendas, já estruturadas, no âmbito do processo de privatização de 195 empresas e activos do Estado Angolano, em implementação até 2022.

Conforme o diplomata, Angola está a busca de novas parcerias para a execução de projectos capazes de acelerar a diversificação da sua economia e contribuir para o desenvolvimento do país e dar maior contributo ao processo da melhoria de condições de vida e bem-estar das populações.

O diplomata explicou que além das terras aráveis, Angola é um dos países com grandes reservas de água, uma orla marítima com mais de 1600 quilómetros e a sua localização geográfica, aliada às infra-estruturas de conectividade, marítima e ferroviária oferecem vantagens adicionais aos investidores em aceder aos mercados de outros países na África Central e Austral. 

João Salvador dos Santos Neto lembrou que, além dos incentivos e garantias que o novo quadro legal oferece ao investidor privado na generalidade, no plano bilateral, os dois países assinaram, em 2018, um acordo para evitar a dupla tributação, e está em fase terminal o Acordo para Protecção Recíproca de Investimentos (APRI).

O Fórum Internacional de Investimento e Construção de Infra-estruturas visou, fundamentalmente, discutir e trocar experiências e estratégias para a construção de novas infra-estruturas na era pós-pandemia, modelos de cooperação e fontes de financiamento, transferência de tecnologias e aprimoramento das competências de quadros locais, sobretudo em países em desenvolvimento, para acelerar a recuperação da economia mundial.

O evento, que reuniu mais de mil delegados, entre investidores, bancários, peritos das nações unidas, académicos, diplomatas e empreiteiros, abordou igualmente temas relacionados com o novo modelo de cooperação internacional, investimento multilateral e definiu estratégias para assegurar o desenvolvimento sustentável no actual ambiente de risco e de incertezas provocadas pela pandemia do Covid-19. 





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