Luanda - O Ministério dos Recursos Minerais Petróleo e Gás vai apostar, em 2023, na produção e promoção de minerais raros para dinamizar a transição energética, afirmou hoje o titular do sector, Diamantino Azevedo.
O ministro, que fez estas declarações no acto de cumprimentos de fim de ano do seu pelouro, realçou que a produção e promoção de minerais raros para dinamizar a transição energética é uma das prioridades do MIREMPET para o ano que se avizinha.
Na ocasião, salientou também que Angola tem os recursos minerais fundamentais para a transição energética, sendo apenas necessário estudá-los e explorá-los de forma a conseguir-se tal objectivo.
Diamantino Azevedo referiu também que a transição energética não é um processo linear e de ruptura, deve ser inclusivo e não gerador de nova pobreza energética e desigualdade.
Por outro lado, disse que Angola assumiu compromissos e tem dado “vida” a projectos que têm em conta o ambiente e a sustentabilidade, mas há igualmente a consciência de que a indústria petrolífera continuará a ser um pilar.
“A indústria petrolífera continuará a ser um pilar de desenvolvimento dos países africanos e deve adaptar-se às novas necessidades”, destacou o ministro.
Em relação a questões ambientais, Diamantino de Azevedo disse que Angola tem estado a marcar passos no sentido de alcançar os marcos ideais, daí que apostou em projectos como de energia fotovoltaica no Huambo e na Huíla, por meio da Sonangol em parceria com a ENI.
O projecto de hidrogénio verde, por meio da Sonangol e parceiros alemães, projecto de biocombustíveis, assim como de apoio aos mangais enquadram-se na visão ambiental.
Sobre produção do petróleo
Angola manteve a posição de segundo maior produtor africano de crude na OPEP, atrás da Nigéria. A Nigéria, líder africana na produção petrolífera, viu a sua produção diária também diminuir, para 1,472 milhões de barris, embora o seu crescimento tenha sido mais alto, com cerca de menos 10 mil barris por dia.
Entretanto, de 2016 a Maio de 2017, Angola liderou a produção de petróleo em África, posição que perdeu desde então para a Nigéria. A produção da Nigéria foi condicionada, entre 2015 e 2016, por ataques terroristas, grupos armados e instabilidade política interna.
Um recente relatório da OPEP refere ainda que, em termos de “comunicações directas" Angola terá produzido 1,219 milhão de barris por dia em Novembro, mais 25 mil barris por dia que no mês anterior.
No caso da Nigéria, a produção diária situou-se em 1,329 milhão de barris em Novembro, embora tenha registado uma diminuição na ordem dos 18 mil barris por dia face ao mês anterior.