Luanda – As relações comerciais entre Angola e Portugal podem ser aceleradas, nos próximos tempos, através da aplicação do investimento privado português no Corredor do Lobito e outras infra-estruturas que visam à diversificação económica angolana, considerou, terça-feira última, o ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu.
Em entrevista à Forbes África Lusófona, à margem da 2ª edição do fórum “Doing Business Angola 2024”, que decorreu em Lisboa, Portugal, o governante angolano disse que as relações dos dois países continuam no bom caminho, tendo capacidade para responder o desafio da diversificação da economia do país.
Referiu que o trabalho desenvolvido pelo Governo angolano, ao longo dos últimos anos, tem sido no sentido de garantir um sector dos transportes e logística robusto, com capacidade operacional e segurança, facto que tem garantido a atracção dos grandes operadores mundiais.
“Conseguimos despertar o interesse dos grandes operadores internacionais de transportes e logística para Angola, que no domínio marítimo e portuário, quer no aeroportuário e aeronáutico, o que está a ser uma mais-valia para o país”, acrescentou.
Segundo Ricardo de Abreu, para além de se conseguir garantir a integração da economia angolana e de infra-estruturas no contexto do comércio internacional e do transporte de carga, consegue-se também desenvolver o sector marítimo doméstico, principalmente nos projectos de cabotagem, um segmento importante para a dinamização da economia.
A 2ª edição do fórum “Doing Business Angola 2024” serviu para analisar o potencial de angolano como porta de entrada para o espaço da SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral) e reflectir em torno do papel que as grandes infra-estruturas do país desempenham no desenvolvimento deste bloco regional.
A ocasião permitiu, igualmente, projectar os desafios do turismo em Angola e o impacto no acesso aos mercados internacionais para o financiamento. ASS/QCB